Filme "Ferrugem e Osso" retrata encontro entre almas perdidas; veja trailer

O francês Jacques Audiard tem o admirável talento de registrar em seus filmes a sutileza e a plasticidade da violência e da tragédia. Sua narrativa é tão natural que é quase possível deixar de lado o drama e se envolver apenas com a beleza das cenas.

É o que se vê em "O Profeta", vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2009, e em "Ferrugem e Osso" --indicado à Palma de Ouro em Cannes no ano passado.

Nesse último trabalho, que estreia nesta sexta (dia 9) em São Paulo, o cineasta adapta um par de contos do canadense Craig Davidson e mostra o encontro entre duas almas perdidas, sem ceder a sentimentalismos.


Desempregado, sem casa e com um filho de cinco anos, Ali (Matthias Schoenaerts) refugia-se no apartamento da irmã em Antibes, no sul da França. Lá passa a ganhar a vida fazendo bicos e participando de eventuais lutas clandestinas.

Enquanto trabalha como segurança de uma casa noturna, ele conhece Stéphanie (Marion Cotillard). Adestradora de baleias orcas de um parque aquático, ela sofre um terrível acidente, e a fatalidade a aproxima de Ali.

O vínculo entre o casal nasce frio, quase pragmático. O relacionamento parece sobreviver por conveniência, mas trata-se apenas de um escudo, pois é com certa brutalidade que ambos buscam, em meio a suas feridas, o afeto de que precisam.


VEJA O TRAILER DO FILME:


Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais