"Filme histórico não elege ninguém", diz diretor de "Tancredo"

O documentário nacional "Tancredo - A Travessia", que entra em cartaz em São Paulo nesta sexta-feira (28), conta a trajetória do ex-presidente brasileiro.

Segundo o diretor, Silvio Tendler, a ideia de fazer o filme surgiu na posse de Tancredo, em 1985. Tendler foi com uma equipe para filmar a cerimônia, mas descobriram que ele não seria empossado, pois estava no hospital.

Crédito: Divulgação Encenação sobre reunião de Getúlio Vargas, cena do longa de Silvio Tendler que entra em cartaz nesta sexta (28)

"As pessoas agora estão procurando chifre em cabeça de burro. Dizem que é um filme eleitoral pro Aécio Neves", afirmou o diretor.

O Guia entrevistou Tendler, que, sobre os cortes nas sequências que falavam sobre doações que Paulo Maluf teria dado a Tancredo, afirma que "elas tiravam completamente o foco do filme. O personagem não é o Maluf."

"Campanha eleitoral é uma coisa, cinema histórico é outra. É uma besteira achar que filme sobre ascendente vai eleger descendente", defende Tendler sobre as acusações de que o neto de Tancredo, Aécio Neves, interferiu na produção do longa.

Diretor de documentários como "Os Anos JK - Uma trajetória política" (1980) e "Jango" (1984), Tendler diz que não tem intenção de fazer filme sobre outro presidente.

Ouça a entrevista:


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