Lançado no domingo (18) no 61º Festival de Cannes, "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" estréia nesta quarta-feira (21) em telas brasileiras já com a promessa de ser uma das melhores bilheterias do ano --senão a maior. Afinal, esse não é um "blockbuster" qualquer. O quarto filme da série recupera, após quase 20 anos, o lendário personagem vivido pelo ator Harrison Ford. Indiana Jones é um ícone.
Há muito os fãs esperavam esse retorno, embora houvesse dúvidas se Ford, hoje com 65 anos, poderia continuar a encarnar o professor e arqueólogo Indiana Jones. Havia suspeitas, ainda, sobre a capacidade do diretor Steven Spielberg de resolver a trama de modo a respeitar os venerados filmes anteriores.
Mas tudo se resolveu muito bem. Assim como Ford, Jones envelheceu na quarta parte da seqüência e, agora, vive um roteiro que se passa em 1957, em pleno período de Guerra Fria e macartismo. Atores como Cate Blanchett (Irina Spalko) e Shia LaBeouf (Mutt Williams) também ajudam a "refrescar" as típicas cenas de aventura da série, passadas nos Estados Unidos e no Peru.
Trama
O longa traz toda a fórmula de sucesso de seus antecessores --vilões que fingem ser amigos, uma relíquia a ser recuperada, tramas afetivas e humor. Além disso, os "iniciados" poderão identificar diversas referências aos filmes passados --mais um toque do experiente Spielberg e do produtor George Lucas para arrebatar a platéia.
Os inimigos agora são os soviéticos, liderados pela agente Irina Spalko, enviada para obrigar Jones a encontrar um lendário objeto perdido na Amazônia peruana, que permitirá a vitória soviética na guerra. Nesse meio tempo, Jones acaba conhecendo um jovem rebelde, Mutt Williams (Shia LaBeouf), que o ajudará na missão. Há, ainda, a volta de uma antiga paixão de Jones --Marion Ravenwood (vivida por Karen Allen), personagem de "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida" (1981).
"Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" é um "filme-pipoca" de primeira, uma produção para entreter e encantar. Isso se o espectador não levar a sério o roteiro que parece ter saído dos quadrinhos do belga Tintin (personagem que deve ser alvo do próximo trabalho de Spielberg) --inverossímil, por vezes polêmico e, sem dúvida, muito divertido.
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