Aos 100 anos, Manoel de Oliveira dirige filme baseado em Eça de Queiroz

Crédito: Divulgação

Um contador que se apaixona pela vizinha loira, a quem observa pela janela, é o centro de "Singularidades de uma Rapariga Loura", do diretor veterano Manoel de Oliveira. A curta trama, de apenas 64 minutos, é inspirada em um conto de Eça de Queiroz, e é marcada pela ironia e críticas à burguesia portuguesa --características do escritor português.

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No filme exibido pela Mostra de Cinema, o ponto de partida é o encontro de Macário, o contador, com uma senhora em um trem. Logo, o rapaz relata à companheira de viagem todo o drama que o acometeu.

A paixão por Luísa, a vizinha, é o começo da derrocada do rapaz. Quando a conheceu, ele cuidava da parte financeira do armazém do tio, que vende tecidos, e vivia confortavelmente com o familiar. Mas o amor pela garota fará com que abandone essa vida e enfrente seguidos sacrifícios.

Pontuado por momentos cômicos, ligados à caricaturização da alta sociedade portuguesa --que, na produção, se diverte com saraus sofisticados e se apega a rituais conservadores em pleno século 21--, o filme explora ainda as consequências e inconsequências da paixão.

Manoel de Oliveira, do alto de seus quase 101 anos, já recebeu diversas indicações a prêmios internacionais e levou, entre outros, o Prêmio do Júri do Festival de Cannes em 1999, por "A Carta".

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