"O Lobisomem" deixa sutileza do original e se afunda em terror

Se for encarar "O Lobisomem", prepare o estômago. O filme, que estreia nesta sexta-feira (12), é recheado de tripas, sangue, corpos dilacerados e ataques agressivos da fera, lembrando, de longe, o original de 1941.

Crédito: Divulgação

Na produção, Benicio del Toro encarna o ator Lawrence Talbot, que retorna para a mansão de sua família após a morte do irmão. Chocado com a brutalidade do crime, Lawrence decide investigar o assassinato e para em um acampamento de ciganos, onde presencia o violento ataque de um lobo e acaba ferido. O ferimento, dias depois, vai transformar o homem na mesma criatura.

Levemente desconfortável no dramático papel de Lawrence, foi o próprio Benicio, fã de filmes do gênero, quem teve a ideia, com o produtor Rick Yorn ("O Aviador", "Gangues de Nova York"), de refilmar "O Lobisomem" ("The Wolfman"), clássico dirigido por George Waggner em 1941.

Quem espera a sutileza do original, no entanto, pode se decepcionar. Enquanto o clássico se passa no século 20, o lançamento retorna ao 19. A mansão que aguarda o filho, no novo filme, já anuncia a tragédia: está cheia de teias de aranha, sujeira e destruição. O pai do personagem --em interpretação do sempre excelente Anthony Hopkins-- é ainda mais frio e distante, apelando inclusive para uma cruel internação do filho em um hospício.

Mudanças profundas no roteiro original podem fazer os preciosistas torcerem ainda mais o nariz para o longa. No entanto, nas feições assustadoras do Benicio del Toro transformado em lobisomem --em maquiagem especial assinada por Rick Baker, vencedor de seis Oscar--, o filme mostra a que veio. Enquanto abandona os toques de ironia e humor da fita de 1941, afunda os pés no terror.

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