O tom épico dado por Ridley Scott à lenda de Robin Hood é o que mais impressiona nessa refilmagem que conta a história do arqueiro comprometido com a causa dos oprimidos. O cineasta de 72 anos, que já foi diretor de arte, sabe bem como recriar ambientes remotos e convincentes, como fez em "Gladiador" (2000) e consagrou-se ao reinventar uma sociedade em "Blade Runner" (1982).
Numa conversa com o ator Russell Crowe, no set de "O Gângster", Scott lançou a ideia e o projeto tomou forma em poucas horas. Rodado nos arredores de Surrey, no sul da Inglaterra, e no condado de Pembrokeshire, no País de Gales, o filme mostra como Robin Longstride (Crowe) deixou de ser um fiel escudeiro a serviço do rei Ricardo e tornou-se um paladino dos pobres.
Após uma batalha contra os franceses, Robin Hood aceita levar a espada de um guerreiro inglês a Nottingham, a fim de entregá-la a seu pai. Ao deparar-se com uma vila castigada pelos impostos cobrados pela monarquia, o arqueiro decide enfrentar o xerife local e se apaixona pela viúva Marion (Cate Blanchett).
Com cenas apoteóticas de guerra e sequências que lembram o Velho Oeste, Ridley Scott faz um grande filme --em grande escala.
Não recomendado para menores de 14 anos.
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A atriz Cate Blanchett interpreta a viúva Marion, que tem o marido morto no campo de batalha e atrai olhares do arqueiro Robin Hood. O sueco Max Von Sydow faz o pai da moça e protagoniza as cenas mais divertidas. Como o príncipe arrogante e traiçoeiro João está o ator Oscar Isaac.
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