O documentário "Senna", que estreou na última sexta-feira (12), é o olhar de um estrangeiro sobre um ídolo nacional. Dirigido pelo inglês Asif Kapadia, o filme resgata a comoção que tomou conta do país com as três conquistas mundiais do piloto e com sua morte prematura em 1994.
Mas não espere declarações apaixonadas de Galvão Bueno, nem uma euforia narrativa para emocionar o público a qualquer custo. Apesar do tema da vitória pontuar suas conquistas e de algumas lágrimas rolarem, são revelados bastidores sórdidos, como a manipulação de resultados, e declarações críticas.
Kapadia prefere seguir a ordem cronológica. Acompanhamos as primeiras proezas do piloto nas pistas de kart até o seu primeiro título no Japão, em 1988. Daí começam as intrigas com o seu maior rival, Alain Prost, que vocifera contra Senna. "Queria dar um soco na cara dele", diz o francês após uma colisão.
Imagens caseiras mostram a paixão de Senna por esportes náuticos e pelas loiras. Ele aparece no programa da Xuxa sufocado de beijos e na moto com Adriane Galisteu.
A breve carreira interrompida num acidente em Ímola (Itália) ganha contornos mais dramáticos na telona. O que fica é o espírito combativo de Senna, que desafiou a política do espetáculo armado.
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