"Você não é um babaca, só faz tudo para ser", diz a advogada que cuida dos processos de Mark Zuckerberg, 26, criador do Facebook, em cena do filme "A Rede Social", que está em cartaz nos cinemas. O mais jovem bilionário do mundo tem sua trajetória reconstruída por David Fincher ("Clube da Luta") nesse longa ágil e polêmico.
Zuckerberg é mesmo um babaca? A história contada por Fincher nos leva a dizer que sim, mas é também brilhante, criativo, arrogante e invejoso. Quem nos mostra na tela essa personalidade explosiva é Jesse Eisenberg.
Acompanhamos o personagem ainda com espinhas no rosto, nos corredores de Harvard, levando um fora da namorada (Rooney Mara). Movido por paixão e vingança, decide criar um sistema virtual que compara estudantes. Em duas horas, consegue mais de 20 mil acessos.
É escalado para programar um site de relacionamentos, mas engana os parceiros e rouba a ideia. Dessa maneira pouco louvável nasce o Facebook. O garoto bitolado torna-se queridinho de investidores, ganha seus primeiros milhões e festeja com o novo sócio (Justin Timberlake), enquanto se defende com sarcasmo de processos.
Fincher dramatiza situações sem romantizar o herói rico, explorando seu caráter dúbio sem desmerecer suas façanhas.
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