Figura do pai marca mais uma vez obra de Coppola

Crédito: Divulgação

A tensão entre pai e filho que permeou a trilogia "O Poderoso Chefão", iniciada em 1972, está de volta em "Tetro", filme modesto e elegante de Francis Ford Coppola que estreia hoje (dia 10).

Pontuado por lembranças pessoais do diretor, o longa tem como cenário uma Buenos Aires romantizada, de clima boêmio e italianado. Vive na capital argentina o poeta arruinado Tetro (Vincent Gallo) e sua namorada, Miranda (Maribel Verdú).

A rotina do casal é alterada com a chegada de Bennie (Alden Ehrenreich como sósia de Leonardo DiCaprio), o irmão mais novo de Tetro que trabalha num cruzeiro. Ambos não se veem há anos. Sem interesse em exumar o passado, o primogênito rechaça a surpresa.

Ficamos sabendo que ele foi para a Argentina a fim de afastar a culpa pela morte da mãe _e para extinguir a figura do pai de sua vida. O tempo presente é rodado em preto e branco, enquanto as lembranças ganham cores na tela. Aos poucos, Bennie se intromete na vida dele e descobre uma peça inacabada do irmão. Estão lá todas as pistas para reconstruir o passado.

O público é conduzido por uma trama que avança com revelações a cada cena. Coppola escorrega no final, mas não perde o estilo.

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais