Em "Melancolia", Von Trier filma história sobre extinção da Terra

"Tristão e Isolda", a vigorosa música de Wagner, rege o prólogo carregado de imagens exuberantes que percorrem a tela como obras de arte em movimento "slow motion".

Eis o início de uma história sobre o fim do mundo, dirigida pelo dinamarquês Lars von Trier. Eis "Melancolia", que estreou na última sexta-feira (5).

Crédito: Divulgação Kirsten Dunst entra na pele de Justine em "Melancolia"; longa entra em cartaz nesta sexta (5), em São Paulo

Como em suas outras produções, o longa também é dividido em partes e centra as ações na figura feminina, desta vez representada por Justine --primeira parte-- e por sua irmã, Claire, na segunda parte.

É a festa de casamento de Justine (personagem que deu a Kirsten Dunst o prêmio de melhor atriz em Cannes) que acompanhamos primeiro. O matrimônio é celebrado na mansão do cunhado, com direito a limusine, campo de golfe e uma promoção no trabalho. Mas a felicidade de Justine não está ali. Aos poucos, a protagonista revela uma personalidade sombria e melancólica.

A segunda metade do filme se passa poucos dias após o fracasso do casamento, quando Justine retorna em depressão profunda à mansão onde mora a "irmã normal", que se concentra na possível colisão do planeta Melancolia, que se aproxima da Terra.

A partir daí, percebemos a pequenez dos personagens diante da morte e a solidão absoluta a que estão submetidos.

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