Malick faz belo ensaio sobre a existência em "A Árvore da Vida"

"A Árvore da Vida" é apenas o quinto filme de Terrence Malick, de uma carreira que começou em 1973. Premiado com a Palma de Ouro em Cannes neste ano, Malick preferiu não comparecer. Não por desavenças, mas pelo estilo de vida recluso que adota. Não dá entrevistas, não aparece em eventos promocionais e controla seus poucos longas como um autor obsessivo.

Crédito: Divulgação O ator Brad Pitt em cena de "A Árvore da Vida", de Terrence Malick, que está em cartaz nos cinemas de São Paulo

Na história protagonizada por Brad Pitt, que entrou em cartaz nesta semana, acompanhamos a rotina de uma família do Texas, nos anos 1950. O pai severo (Pitt), a mãe doce e inocente (Jessica Chastain) e os três filhos.

O ponto de vista é do primogênito, Jack (interpretado quando adulto por Sean Penn). Nas suas lembranças, há uma tentativa de entender a figura repressora do patriarca, que se aproxima de um processo de reconciliação.

Mas o filme é bem mais do que isso. Intercalado com essa trama local, Malick nos oferece um ensaio sobre a vida, com imagens exuberantes: do céu, de árvores e de elementos cósmicos. Nesse balé visual embalado por canções de Mozart, Mahler e Bach, o cineasta parece buscar a identidade de Deus.

O mistério por trás da figura de Malick também está presente na sua obra, tão pessoal quanto universal.

Informe-se sobre o filme

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