"Arte para Crianças", no Sesc Pompeia, ensina a olhar objetos de arte

Para entrar de cabeça na exposição "Arte para Crianças", no Sesc Pompeia, um bom começo é aprender a ouvir a língua das obras de arte. Para isso, você pode perder a memória, como indica o curador Evandro Salles, ou ficar bocó, método do poeta Manoel de Barros.

Crédito: Divulgação

Salles não acredita em arte "de" ou "para" crianças, mas explica que toda a apresentação da mostra privilegia o público infantil.

A seleção inclui uma vassoura "infinita" ("La Bruja") de Cildo Meireles, dobraduras de metal de Amilcar de Castro e até uma escultura de tecido onde os visitantes podem entrar ("Universo Bebê", de Ernesto Neto). Outros nomes da arte contemporâneas --como Nuno Ramos, que participa com uma obra inédita-- completam a lista.

O curador explica que o objetivo da mostra é que as crianças aprendam a olhar os objetos de arte, sem mediação ou interferência de outras disciplinas.

A exposição já passou por Vitória, Rio de Janeiro, São Luís e Brasília. A reposta das crianças tem sido positiva e animadora. "É um público que compreende muito mais, que vive a experiência mais intensamente e sem afetação intelectual", acredita Salles.

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