Em comemoração dos seus 60 anos, a Bienal de São Paulo traz à capital paulista alguns dos maiores nomes da arte contemporânea dos EUA, com a mostra "Em Nome dos Artistas".
São 219 peças da coleção do Museu de Arte Moderna Astrup Fearnley, da Noruega. Cinquenta artistas foram selecionados para a exposição, entre nomes consagrados, jovens promissores e o britânico Damien Hirst --o único "intruso", nas palavras do curador Gunnar Kvaran--, para o qual é dedicado um andar inteiro do pavilhão.
A pedido do Guia, o crítico da Folha Fabio Cypriano escolheu e comentou dez nomes para ficar de olho na mostra. Confira a seguir:
Damien Hirst
Por que ver: O grande nome da arte inglesa contemporânea, Hirst comparece com 11 trabalhos, entre eles "Mother and Child Divided", quatro vitrines que exibem uma vaca e um bezerro divididos ao meio, imersos em formol, uma das obras icônicas do fim do século 20
Nan Goldin
Por que ver: Um dos grandes destaques da última Bienal de SP, Goldin é reconhecida por retratar seu círculo de amigos, em geral personagens do underground norte-americano, como ocorre na série "Gille and Gotscho, Paris"
Jeff Koons
Por que ver: A exposição traz obras representativas de sua polêmica carreira, como as cenas de sexo explícito feitas com sua então mulher, Ilona Staller, a Cicciolina
Shirin Neshat
Por que ver: Há mais de 30 anos radicada nos EUA, a artista iraniana aborda, de forma crítica e poética, o universo árabe, especialmente o cotidiano feminino, como se observa em "Fervor", vídeo presente na mostra
Charles Ray
Por que ver: O artista é conhecido, especialmente, por criar esculturas hiper-realistas, que colocam o cotidiano do espectador em xeque, como se vê na obra em cartaz "Male Manequin"
Cindy Sherman
Por que ver: Ela é um dos principais nomes da fotografia contemporânea, ao se autorrepresentar incorporando distintas personalidades, muitas vezes inspiradas no cinema. Com 15 obras, sua presença é das mais representativas na mostra
Paul Chan
Por que ver: Um dos principais destaques da jovem cena norte-americana, apesar de chinês, ele participa da mostra com uma série de sete projeções de sombras, "Light", na qual mistura sexo e situações surreais
Doug Aitken
Por que ver: Seus trabalhos em vídeo criam imagens estranhas em ambientes sonoros potentes, levando o espectador a experiências misteriosas, como na obra presente na mostra, "Eraser", uma instalação audiovisual que simula uma caminhada pela mata
Matthew Barney
Por que ver: Reconhecido por seu ciclo de filmes "Cremaster", exibido na Pinacoteca do Estado, em 2004, na mostra ele comparece com vários objetos, como os criados a partir dessa série e selecionados por ele para São Paulo
Richard Prince
Por que ver: Grande nome da fotografia contemporânea, Prince comparece com 13 obras, entre elas as famosas apropriações de caubóis em propagandas de cigarro
Pavilhão da Bienal - pq. do Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, parque Ibirapuera, zona sul, tel. 0/XX/11/5576-7600. Seg. a qua. e sex. a dom.: 9h às 19h. Qui.: 9h às 22h. Até 4/12. Livre. Ingr.: R$ 20 (dom.: grátis). Estac. (sistema zona azul - portão 3)
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