Saiba em quais artistas ficar de olho na Bienal de São Paulo

Em comemoração dos seus 60 anos, a Bienal de São Paulo traz à capital paulista alguns dos maiores nomes da arte contemporânea dos EUA, com a mostra "Em Nome dos Artistas".

São 219 peças da coleção do Museu de Arte Moderna Astrup Fearnley, da Noruega. Cinquenta artistas foram selecionados para a exposição, entre nomes consagrados, jovens promissores e o britânico Damien Hirst --o único "intruso", nas palavras do curador Gunnar Kvaran--, para o qual é dedicado um andar inteiro do pavilhão.

A pedido do Guia, o crítico da Folha Fabio Cypriano escolheu e comentou dez nomes para ficar de olho na mostra. Confira a seguir:

Damien Hirst
Por que ver: O grande nome da arte inglesa contemporânea, Hirst comparece com 11 trabalhos, entre eles "Mother and Child Divided", quatro vitrines que exibem uma vaca e um bezerro divididos ao meio, imersos em formol, uma das obras icônicas do fim do século 20

Crédito: Eduardo Knapp/Folhapress Obra "Mother and Child Divided", do britânico Damien Hirst
Obra "Mother and Child Divided", do britânico Damien Hirst


Nan Goldin
Por que ver: Um dos grandes destaques da última Bienal de SP, Goldin é reconhecida por retratar seu círculo de amigos, em geral personagens do underground norte-americano, como ocorre na série "Gille and Gotscho, Paris"


Jeff Koons
Por que ver: A exposição traz obras representativas de sua polêmica carreira, como as cenas de sexo explícito feitas com sua então mulher, Ilona Staller, a Cicciolina

Crédito: Divulgação "Couple Dots", de 2002, do americano Jeff Koons, em exposição na Bienal
"Couple Dots", de 2002, do americano Jeff Koons, em exposição na Bienal


Shirin Neshat
Por que ver: Há mais de 30 anos radicada nos EUA, a artista iraniana aborda, de forma crítica e poética, o universo árabe, especialmente o cotidiano feminino, como se observa em "Fervor", vídeo presente na mostra


Charles Ray
Por que ver: O artista é conhecido, especialmente, por criar esculturas hiper-realistas, que colocam o cotidiano do espectador em xeque, como se vê na obra em cartaz "Male Manequin"


Cindy Sherman
Por que ver: Ela é um dos principais nomes da fotografia contemporânea, ao se autorrepresentar incorporando distintas personalidades, muitas vezes inspiradas no cinema. Com 15 obras, sua presença é das mais representativas na mostra

Crédito: Divulgação Obra de Cindy Sherman, em cartaz na exposição "Em Nome dos Artistas", na Bienal
Obra de Cindy Sherman, em cartaz na exposição "Em Nome dos Artistas", na Bienal


Paul Chan
Por que ver: Um dos principais destaques da jovem cena norte-americana, apesar de chinês, ele participa da mostra com uma série de sete projeções de sombras, "Light", na qual mistura sexo e situações surreais


Doug Aitken
Por que ver: Seus trabalhos em vídeo criam imagens estranhas em ambientes sonoros potentes, levando o espectador a experiências misteriosas, como na obra presente na mostra, "Eraser", uma instalação audiovisual que simula uma caminhada pela mata


Matthew Barney
Por que ver: Reconhecido por seu ciclo de filmes "Cremaster", exibido na Pinacoteca do Estado, em 2004, na mostra ele comparece com vários objetos, como os criados a partir dessa série e selecionados por ele para São Paulo


Richard Prince
Por que ver: Grande nome da fotografia contemporânea, Prince comparece com 13 obras, entre elas as famosas apropriações de caubóis em propagandas de cigarro

Crédito: Divulgação Uma das famosas apropriações de caubóis do artista Richard Prince, que integra a mostra na Bienal
Uma das famosas apropriações de caubóis do artista Richard Prince, que integra a mostra na Bienal


Pavilhão da Bienal - pq. do Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, parque Ibirapuera, zona sul, tel. 0/XX/11/5576-7600. Seg. a qua. e sex. a dom.: 9h às 19h. Qui.: 9h às 22h. Até 4/12. Livre. Ingr.: R$ 20 (dom.: grátis). Estac. (sistema zona azul - portão 3)

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais