Falta análise em exposição de coleção do Itaú no Masp

Crédito: Divulgação
"Mulher Deitada e Cachorro", tela de 1954 de Di Cavalcanti, está exposta no Masp, em SP

No Masp (Museu de Arte de São Paulo), o Itaú pode ser visto em uma outra faceta, a de seu colecionismo. Tem sido regular no Masp a exibição de mostras de importantes acervos, seja de Gilberto Chateaubriand, em 1998, ou de João Sattamini, no ano passado.

Coleções privadas, aliás, são fundamentais no circuito de arte nacional. No Rio, Chateaubriand cedeu em comodato sua coleção ao Museu de Arte Moderna, enquanto Sattamini fez o mesmo no Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Em São Paulo, a Pinacoteca mantém em comodato a coleção da Fundação José e Paulina Nemirovsky, incorporando preciosidades como "Antropofagia", de Tarsila do Amaral.

Mas nem todas as coleções, contudo, estão em museus, caso das obras de Sérgio Fadel, no Rio. Mesmo assim, quando exposta no Rio e São Paulo, em 2002, provocou ótimo debate sobre as origens do modernismo brasileiro, graças à curadoria de Paulo Herkenhoff.

Essas quatro coleções merecem ser confrontadas com "Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade na Coleção Itaú Moderno", que apresenta obras de 74 artistas, com curadoria de Teixeira Coelho. É uma exposição que reúne quase todos os expoentes do modernismo brasileiro, como Anita Malfatti ou Tarsila do Amaral, mas em obras de menor importância, com raras exceções.

Sem produzir uma análise crítica e reflexiva, sem desempenhar um papel social, a coleção Itaú não honra a linhagem das mostras de colecionadores até então organizadas pelo Masp.

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