Brasileiros e japoneses dialogam em exposição no MAM

Crédito: Divulgação
Obras da artista japonesa Atsuko Tanaka (à esquerda) e da brasileira Beatriz Milhazes

Tão distintos e, muitas vezes, tão similares. Os trabalhos artísticos criados no Brasil e no Japão reservam possíveis comparações.

"Quando Vidas se Tornam Formas: Diálogo com o Futuro - Brasil - Japão", uma das mais representativas mostras ligadas à comemoração do centenário da imigração japonesa, que acontece a partir desta sexta-feira (11), no MAM, reúne alguns paralelos entre os dois países.

Com curadoria de Yuko Hasegawa (do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio), a exposição traz um panorama da produção moderna e contemporânea dos dois países, com cerca de 140 obras de artistas como Masakatsu Takagi, Shigeru Ban, Jum Nakao e Hélio Oiticica, das áreas da arte, moda, arquitetura e design feitas em diferentes décadas.

Na interpretação da curadora, a principal semelhança é a "apropriação de elementos ordinários do cotidiano na linguagem dos trabalhos". "Esses artistas possuem a sensibilidade de transformar objetos do dia-a-dia em arte", conclui.

Yuko enfatiza que os artistas brasileiros contemporâneos possuem uma característica de improvisação grande, enquanto os japoneses fazem, muitas vezes, uso do "mitate", conceito no qual um objeto recebe nova interpretação, de acordo com a maneira com que é percebido ou utilizado.

A partir da distribuição das obras (divididas em núcleos), a coletiva trava diálogos entre trabalhos de distintas gerações, o que atesta um passeio pelos espaços da exposição.

Percebe-se, assim, a assimilação e atualização, por jovens artistas, de idéias e experiências concebidas nas décadas de 1950 e 60. Esse é o caso de "Flower House" (2007), casa em formato de flor, feita com paredes de vidro pela arquiteta Kazuyo Sejima, do grupo Sanaa, exposta ao lado de desenhos e maquetes de Lina Bo Bardi.

"Quando Vidas se Tornam Formas: Diálogo com o Futuro - Brasil - Japão"
MAM Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, portão 3, Parque Ibirapuera,
tel.00/xx/11/5085-1300. Ter. a dom.: 10h às 18h. Até 22/6. Ingr.: R$ 5,50 (grátis p/ menores de dez e maiores de 65 anos). Tem local para comer.

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