Pela primeira vez, o artista francês Nicolas-Antoine Taunay (1755-1830) recebe devida atenção e ganha uma mostra individual, que ocupa a Pinacoteca do Estado a partir deste sábado (19).
Pintor de formação neoclássica, Taunay chegou ao Rio de Janeiro em 1816 com uma colônia de artistas franceses, que, mais tarde, ficou conhecida como a Missão Francesa -da qual também fez parte Jean-Baptiste Debret.
Aqui, durante cinco anos, o artista vivenciou impasses teóricos ao confrontar sua formação técnica com a escravidão, a mata exuberante e com as cores dos trópicos que não condiziam com a sua paleta.
"Além de suas peculiares paisagens, as críticas nas obras dele são bem sutis. O tema da escravidão aparece sempre diminuto, como um detalhe", explica a historiadora e curadora Lilia Moritz Schwarcz.
A exposição, no entanto, exibe também trabalhos realizados antes e depois de sua estadia no Brasil.
Disposta em núcleos cronológicos e temáticos, a mostra abarca a primeira fase de sua carreira, quando pintava pequenas paisagens, os grandes quadros que fez para Napoleão Bonaparte e sua produção após voltar para a França.
Pça. da Luz, 2, Bom Retiro, região central, São Paulo, SP. Tel.:0/xx/11/3324-1000. Ter. a dom.: 10h às 18h. Abertura: 19/7. Até 7/9. Livre. Ingr.: R$ 4 (sáb.: grátis). Ingr.: R$ 4.
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