Após receber 32 mil visitantes em 2007, e esperar outros 55 mil neste ano, o File (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica), que ocupa a galeria do Centro Cultural Fiesp a partir de terça (5), se confirma como um fenômeno de público que se dispõe a passar horas e horas nas filas para interagir com as obras.
"Os trabalhos que mostramos atingem vários tipos de pessoas, o que não acontece com as artes plásticas tradicionais, que exigem certo repertório do espectador. No File se cria uma relação de proximidade com a obra", defende Paula Perissinoto, idealizadora do evento ao lado do artista Ricardo Barreto.
Em exposição até o fim do mês, a nona edição leva o nome de File - 2008 Milhões de Pixels. Com a proposta de construir um "mundo de transversalidade", como define Barreto, no qual diferentes obras se unem e formam uma grande rede, o festival abocanha uma diversificada gama da produção atual.
Pela primeira vez, apresenta vídeos exibidos por projetores 4k, com imagens de 8 milhões de pixels por frame --daí o título da mostra-- com definição 24 vezes maior do que a televisão tradicional.
Como em anos anteriores, uma grande parte do evento é destinada aos games; as instalações, principal chamariz do festival, trazem obras de estrangeiros e artistas nacionais, como "Crepúsculo dos Ídolos", do brasileiro Jarbas Jacome.
Parte da programação, o grupo norte-americano Graffiti Research Lab vem à cidade para fazer intervenções com um "laser tag", instrumento que permite desenhar com a luz, em diferentes pontos da cidade.
Por fim, o Hipersônica, vertente do festival dedicada às performances que trabalham no limiar da música e da imagem, traz nove artistas; entre eles, o brasileiro Luiz duVa e o austríaco Bernhard Gal.
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Endereço: av. Paulista, 1.313, Bela Vista, centro, São Paulo, SP. Classificação etária: 10 anos | Leia mais no roteiro |
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