O paralelo entre a palavra "foice" e a conjugação verbal "foi-se" é um dos pontos de partida para a obra "Fodasefoice", que Nuno Ramos dispôs no galpão Fortes Vilaça, na Barra Funda (região oeste de São Paulo).
Além da semelhança fonética, pode-se ler na foice a mesma idéia de morte e partida que há em foi-se.
Desse âmbito semântico, Ramos criou uma performance --apresentada neste ano na Funarte de Belo Horizonte-- em que duas mulheres movimentam foices entre duas caixas de som, de onde uma voz diz, alternadamente, "foda-se" e "foice".
O vídeo da encenação, realizado por Cao Guimarães e Beto Magalhães, completa a instalação formada por esculturas de vidro, pedra e misturas líquidas, como petróleo e Coca-Cola, glicose e formol, vinho e vinagre.
No mesmo dia, o espaço abre "Meteorítica", primeira individual dos portugueses João Maria Gusmão e Pedro Paiva no Brasil. Serão apresentados filmes em 16 milímetros e esculturas em bronze.
Galpão Fortes Vilaça - r. James Holland, 71, Barra Funda, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3392-3942. Ter. a sex.: 10h às 19h. Sáb.: 10h às 17h. Abertura 30/8. Até 27/9. Livre.
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