Não é apenas o respeitável escritor ganhador do Nobel em 1998 e conhecido por muitos leitores que está revelado na mostra "José Saramago: A Consistência dos Sonhos", que abre ao público neste sábado (29), no Instituto Tomie Ohtake.
É também a longa trajetória de 35 anos em busca de uma "voz interior", período compreendido entre sua estréia sem êxito com o romance "Terra do Pecado" (1947) e o lançamento de "Memorial do Convento" (1982), com o qual galgou projeção internacional.
Separada em quatro núcleos, a exposição --que já passou por Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde vive Saramago atualmente, e por Lisboa, Portugal-- traz material suficiente para se despender toda uma tarde apreciando manuscritos, notas pessoais, primeiras edições, traduções, fotografias e vídeos.
Há ainda muitos itens inéditos. "Durante o tempo de pesquisa, nós encontramos caixas com várias obras inacabadas, que estavam perdidas na casa dele", conta o curador Fernando Gómez Aguilera, diretor da Fundação César Manrique, da Espanha.
"Saramago não nos estipulou nenhum limite "do que poderia ser exposto", não interferiu em nada", completa.
Também integram a mostra quatro obras preparadas especialmente para a ocasião pelo artista escocês Charles Sandison, nas quais palavras e letras são projetadas de maneiras distintas nas paredes.
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Endereço: r. Coropés, 88, Pinheiros, Oeste, São Paulo, SP. Classificação etária: livre | Leia mais no roteiro |
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