Conheça galerias alternativas que apostam em jovens artistas

Pequenas, escondidas e pouco conhecidas. Ao contrário de espaços celebrados --como Fortes Vilaça, Luisa Strina e Nara Roesler--, as galerias alternativas costumam apostar em jovens artistas que ainda não conseguiram um lugar ao sol. Por isso, em geral, apresentam preços mais acessíveis e obras pouco convencionais. Em uma comparação futebolística, é como se fossem clubes do interior que revelam craques para os times grandes. Por seu tamanho, sempre estão de portas abertas, mesmo para quem não tem um tostão no bolso.

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Casa da Xiclet (foto), em São Paulo, recebe coletiva "Carnaval" a partir desta sexta-feira

Casa da Xiclet
A Xiclet --apelido que Adriana Matos Duarte, 40, ganhou nos tempos de universitária no Espírito Santo-- é dona de uma proposta inusitada. Ela decidiu viver dentro de sua galeria de arte (ou, se preferir, montar a galeria dentro de sua casa). As obras --pinturas, assemblages, fotos e desenhos-- ficam expostas em todos os cômodos: do banheiro ao seu próprio quarto. A partir do dia 13, a casa recebe "Carnaval", coletiva composta por 62 artistas, com fotos, pinturas, desenhos e instalações.
R. Fradique Coutinho, 1.855, Vila Madalena, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2579-9007. Seg.: 10h às 20h. Qua. a sex.: 10h às 20h. Sáb. e dom.: 14h às 18h. Grátis. Livre. Aceita apenas dinheiro.

Dconcept Escritório de Arte
Dentro de uma charmosa vilinha nos Jardins, está um dos menores espaços expositivos da cidade. São apenas 14 m² e 5 m de pé-direito, tudo dentro de uma garagem. Ao entrar, não se assuste caso encontre a salinha com quadros e paredes sem ninguém por perto. Olhe para cima, em direção ao mezanino adaptado, e verá a proprietária, Cecília Isnard, 60, sentada em seu escritório. Por seu diminuto tamanho, o local não tem o acervo permanente exposto.
Al. Lorena, 1.257, G1, Jardim Paulista, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3085-5006. Seg. a sex.: 14h às 19h. Grátis. Livre.

Emma Thomas
Em frente ao Cinesesc, há um corredor que dá acesso a uma vilinha, onde fica esta casa. O nome curioso é uma corruptela da palavra hematomas. As proprietárias, Flaviana Bernardo, 28, e Juliana Freire, 30, acreditam que, para dar certo, galeria tem de ter nome composto. Lá, a arte é vista antes mesmo da porta de entrada, com painéis periodicamente renovados. Dentro, duas salas com 70 m² ao todo dão conta de apresentar os trabalhos. Até 7/3, expõe pinturas e dobraduras sobre mapas de Lucas Simões.
R. Augusta, 2.052, Jardim Paulista, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/8219-6452 (Flaviana Bernardo) ou 9426-6991 (Juliana Freire). Qua. a sáb.: 16h às 20h. Grátis. Livre.

Mini Gallery
Bem em frente à Lacoste da Oscar Freire, fica um pequeno prédio que abriga um escritório de arquitetura. Para chegar até lá, cruza-se um corredor de 15 m repleto de desenhos e telas. Eis a Mini Gallery. Há oito meses, esse espaço de exposição surgiu, sob o comando de Jaqueline Martins, 32. Em seu "corredor-galeria", ela abriga cerca de 80 obras. Os trabalhos de jovens artistas são a maioria, mas é possível encontrar algumas peças mais requintadas, como aquarelas produzidas pelo suíço John Graz (com preço em torno de R$ 15 mil).
R. Oscar Freire, 683, Jardim Paulista, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3062-6080. Seg. a sex.: 12h às 20h. Sáb.: 11h às 16h. Grátis. Livre.

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Galeria Polinésia (foto), na capital paulista, é voltada para frequentadores mais moderninhos

8 Rosas
Nem parece uma galeria de arte. Com portas escancaradas e um banquinho verde em sua entrada, é frequentada pela vizinhança. Dos moradores mais antigos à mocinha que vende Yakult na rua. Todos bem recebidos por Ana Luiza Campos, 38. As pinturas, espalhadas por 30 m², custam entre R$ 150 e R$ 12 mil. Destaque para "Arte Coral", de Fernando Feierabend, tela cotada em R$ 8 mil. Até o final deste mês, sedia uma exposição de pinturas de 12 artistas, entre os quais, Tide Hellmeister.
Al. Franca, 1.071, Jardim Paulista, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3062-2428. Seg. a sex.: 11h às 19h. Sáb.: 11h às 15h. Grátis. Livre.

Polinésia
O sócio da Polinésia, Pedro Caetano, 29, explica que a proposta da galeria --aberta em abril de 2007-- é ser um espaço criado e gerido por jovens, com exposições de obras de artistas desconhecidos do grande público, voltado para frequentadores mais moderninhos. Além das fotos, das pinturas e dos desenhos, dois pontos chamam a atenção de quem põe os pés no endereço: o som ambiente, com estilos que variam da bossa nova até o mais sujo punk rock, e uma lojinha de suvenires, com camisetas bacanas que saem por R$ 50. A casa está em recesso e reabre no dia 13/2.
R. Pedro Taques, 110, Consolação, região central, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3129-4401. Grátis. Livre.

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As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

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