"Ocupação Zé Celso" reúne fotos inéditas do artista no Itaú Cultural

Crédito: Divulgação

A partir desta quinta-feira (30), o Itaú Cultural (região central) recebe a "Ocupação Zé Celso", uma exposição temática com fotografias e documentos inéditos de José Celso Martinez Corrêa, o nome à frente do Teatro Oficina e uma das maiores personalidades do teatro brasileiro.

Advogado, artista, diretor de teatro e de cinema, ator, músico e compositor, Zé Celso é retratado desde sua infância aos dias de hoje --em 169 metros quadrados estão dispostas centenas de fotos, 12 sets com cenários que representaram cada época da carreira do artista, 33 monitores e sete projetores.

Destaque da instalação, o quarto intitulado Paucucama recebe projeções com cenas de sua vida e obra, que só poderão ser assistidas por maiores de 18 anos.

A mostra foi organizada pelo Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural e tem a curadoria do ator, diretor e produtor de teatro Marcelo Drummond e da videomaker Elaine Cesar.

Na quarta-feira, um dia antes da abertura da mostra ao público, Zé Celso toca piano durante coquetel para convidados.

Mais detalhes da "Ocupação"

A exposição foi disposta em formato labiríntico, sem necessariamente obedecer a uma ordem cronológica. Uma foto gigante de Zé Celso abre a exposição, seguida de um set que revela o lado "careta" do artista, com retratos da infância, da família, da escola e das namoradas --há inclusive textos inéditos escritos de próprio punho.

Há também um corredor, onde figuram registros do primeiro contato do dramaturgo com o teatro: foi quando escreveu "Vento Forte para Papagaio Subir". No terceiro set, um lounge recebe o momento bossa nova e burguês de Zé Celso, e ainda seu primeiro contato com obras de Jean-Paul Sartre. A formação do grupo do Teatro Oficina, que surgiu na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, liderado por ele, também está ali representada, bem como a encenação de "Pequenos Burgueses" e o incêndio do teatro.

Desde o frenesi da época iluminada em que levou aos palcos "O Rei da Vela", peça escrita por Oswald de Andrade, que é homenageado no espaço com uma foto ampliada, até a escuridão de sua vida quando sofreu repressão na ditadura militar, representada por um corredor sombrio, ganham espaço na exposição.

O lado cineasta de Zé Celso, pouco conhecido, e as horas de gravações registradas em "Nada de Ócio", nos anos 1980, época em que muito produziu mas pouco exibiu, renderam outro set na mostra. "Os Sertões", uma de suas montagens mais expressivas da fase atual do ator, também tem um espaço especial.

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