Pioneiro da arte cinética, o brasileiro filho de judeus Abraham Palatnik é tema de uma retrospectiva no Itaú Cultural (região central paulistana). São 21 obras que se mexem em engrenagens mecânicas e percorrem sua carreira desde 1940.
Boa parte do que está exposto integra a coleção pessoal do artista. Para a curadora Aracy Amaral, a fascinação de Palatnik por movimento e luz tem a intenção de "conseguir uma interação sensível entre arte e tecnologia".
"Até quando trabalha com papel, ele não encara a folha como algo passivo", diz Amaral. "O papel recortado transforma-se na própria obra."
É curioso ver a evolução de seus trabalhos, que vão de autorretratos figurativos, pintados após a Segunda Guerra Mundial, a peças complexas, como o "Aparelho Cinecromático". Ao usar lâmpadas e um pequeno motor, Palatnik cria uma caixa que exibe formas coloridas.
"Palatnik consegue fabricar cor por meio da luz em movimento", afirma Amaral. Seus "Objetos Cinéticos" mostram formas geométricas movidas por fios de metal. É uma exposição viva, que incorpora a presença do visitante.
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