Shows intimistas e informais de artistas que despontam no cenário musical são uma saída para quem está cansado de freqüentar as grandes casas de espetáculo de São Paulo (SP). Com base em fatores como preço, qualidade do som, programação e conforto, o Guia selecionou seis bares e quatro casas noturnas onde há performances de qualidade para todos os gostos. Confira as atrações abaixo:
Berlin
O papel de parede psicodélico torna o salão divertido. Os shows podem ser vistos de pé, das mesinhas ou dos sofás. Atenção: o bar fica em uma região erma da Barra Funda, e parar na rua pode ser um problema. Prefira o estacionamento ao lado. Freqüência: de adolescentes a quarentões. Povo do rock, da moda e das artes.
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Clash Club
Bastante conhecido pelas festas de música eletrônica, o clube sedia, em alguns sábados e quartas-feiras, shows de bandas de rock brasileiras e atrações internacionais. O grande galpão é dividido em pista, mezanino e uma pequena e acolhedora área ao ar livre, com bar e bancos de madeira. No começo deste ano, ganhou um novo palco e uma turbinada no sistema de som. Freqüência: eclético, com roqueiros, playboys e descolados, de 20 a 35 anos.
R. Barra Funda, 969, Barra Funda, São Paulo, SP, tel. 0/xx/11/3661-1500. 500 pessoas. Ter. e qui. a sáb.: a partir das 24h. Qua.: a partir das 22h. 18 anos. Ingr.: R$ 15 a R$ 60.
CB Bar
Som alto, fumaça de cigarro e o bom e velho rock'n'roll compõem a fórmula do CB para lotar suas noites. Tem mesas em estilo "dining" americano, uma jukebox e um palco de bom tamanho. Para agüentar o calor e a falta de ventilação, só mesmo a cerveja gelada. Freqüência: roqueiros e modernos; garotada e quarentões.
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Studio SP
O clubinho pode se gabar de ter a melhor programação musical entre as casas alternativas da cidade. Transferido no final de maio para a rua Augusta, depois de dois anos e meio na Vila Madalena, reúne investimentos de quatro sócios e privilegia artistas e bandas emergentes. Ocupa um salão com paredes grafitadas e uma pequena arquibancada, onde há também um mezanino.
O projeto Cedo & Sentado (terças a sextas-feiras, às 20h) promove apresentações gratuitas no clube, que fica com clima próximo ao de um bar. Depois, as mesas são retiradas e a casa assume ares de balada. Olivier Anquier é o "curador gastronômico" do Studio, que, a partir de 7 de julho, terá um menu com petiscos garimpados em diferentes regiões brasileiras. Freqüência: bastante eclética, com músicos, roqueiros, neo-hippies, modelos e atores.
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Bar B
Quando abriu, no final de 2006, inovou por ser uma opção simpática e descolada numa região esquecida do centro. As mesinhas de madeira preenchem todo o salão grafitado, que também tem um balcão, um palquinho e móbiles pendendo do teto. Fica um pouco enfumaçado nos dias mais cheios, mas os shows de rock e jazz compensam a falta de conforto. Roteiro ideal: chegue mais cedo, peça um drinque, espere o show começar e vá embora quando a fumaça começar a incomodar. O banheiro é misto, porém usável. Freqüência: universitários, músicos, atores e bichos-grilos.
R. Gen. Jardim, 43, Vila Buarque, região central, São Paulo, SP, tel. 0/xx/11/3129-9155. 82 lugares. 18 anos. Ter. a sex. e dom.: 17h às 2h. Sáb.: 20h às 2h. Couv. art.: R$ 5 a R$ 7 (qua. a dom.).
Baretto
O requintado bar do hotel Fasano aposta na monocromia para embasar sua aura elegante; ali, até o lindíssimo piano de cauda tem cor de madeira. Os shows assustam pelos preços do couvert artístico (sempre acima de R$ 200), mas, pensando na falta de conforto e na acústica de casas como Via Funchal e HSBC Brasil, compensam o investimento. Bebel Gilberto, Marina Lima, Ney Matogrosso e Ana Cañas (cantora lançada no Baretto), entre outros, já fizeram temporadas por ali, cantando praticamente ao pé do ouvido da platéia. Freqüência: empresários, modelos, chefs, quarentões, gringos em geral. Programação: os Titãs fazem quatro shows acústicos no bar, entre 24 e 27/6 (R$ 350 por pessoa).
R. Vitório Fasano, 88, Cerqueira César, região oeste, São Paulo, SP, tel. 0/xx/11/3896-4000. 60 lugares. Livre. Couv. art.: a partir de R$ 20.
Casa de Francisca
Francisca, a primeira moradora do antigo sobradinho onde fica o restaurante, serviu de inspiração para o nome e a decoração da casa, repleta de objetos que também têm cara de vovó. Com capacidade para 35 pessoas, promove shows e recitais no charmoso palquinho, ornado com um piano e cortinas bordô. É possível beber e comer antes, durante e depois dos concertos (o forte do menu são as cervejas artesanais). Freqüência: casais de namorados, amigos, fãs de música erudita. Programação: em temporada no mês de junho estão o talentoso violonista Chico Saraiva (às quintas) e a dupla Mané Silveira e Paulo Braga (aos sábados).
R. José Maria Lisboa, 190, Jardim Paulista, região oeste, São Paulo, SP, tel. 0/xx/11/3493-5717. 35 lugares. 22h. 18 anos. Couv. art.: R$ 15 a R$ 35.
Syndikat JazzClub
Localizado em uma ruela quase escondida em pleno coração do Jardim Paulista, este simpático bar promove shows diários de jazz em seu subsolo (ambiente onde não é permitido fumar), que podem ser assistidos das mesinhas ou nas almofadas distribuídas pelo chão. No térreo ficam o balcão do bar e mais mesas, arrumadas entre um jardim de inverno e o ambiente principal. O porão é pequeno, e ver os shows de lá é quase como estar "na área VIP". Chegue cedo para se sentar perto do palco. Freqüência: fãs de jazz, músicos, jornalistas, turistas gringos e moradores do bairro. Programação: no Dia dos Namorados (12), o alemão Martin Willy se apresenta acompanhado pelo violonista Paulo Ribeiro, às 22h.
R. Moacir Piza, 64, Cerqueira César, região oeste, São Paulo, SP, tel. 0/xx/11/3086-3037. 90 lugares. 18 anos. Couv. art.: R$ 8 (mulher) e R$ 10 (homem).
Soulive Music Bar
Destoando um pouco do eterno clima natalino da rua Normandia, o pequeno bar fica em um sobradinho adaptado para sua nova função: boas bandas de jazz e MPB instrumental se apresentam onde antes ficava uma sala de estar. Tanto quem está nas mesas da varanda quanto naquelas dentro do imóvel pode apreciar as jam sessions. O cardápio é enxuto, mas tem preços honestos e porções e tábuas de frios bem-servidas. A decoração é sóbria, com luz baixa, motivos jazzísticos e cadeiras confortáveis. Freqüência: tranqüila e familiar, com músicos, moradores do bairro e público de meia-idade.
R. Normandia, 51, Indianópolis, região sul, São Paulo, SP, tel. 0/xx/11/3791-7051. 50 lugares. 120 min. Livre. Couv. art.: R$ 7 a R$ 10.
Livraria da Esquina
Quando abre as portas, às 16h, funciona apenas como uma livraria, apesar da oferta pouco ampla de títulos. Quando a noite vai chegando, porém, as luzes baixam e o som aumenta, transformando o local num simpático bar. O palco tem um bom tamanho e proporciona visão e som decentes. Freqüência: de amigos do bairro a pessoas que trabalham na região. A festa mensal Mágica reúne mais artistas devido à boa programação musical.
R. do Bosque, 1.254, Barra Funda, região oeste, São Paulo, SP, tel. 0/xx/11/3392-3089. 100 lugares. 23h30. Livre. Ingr. R$ 10.
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