Kamau e banda comemoram um ano do lançamento de "Non Ducor Duco"

Crédito: Janaina Castelo/Divulgação

Há um ano, Kamau colocava nas ruas um dos melhores discos de rap do Brasil. "Non Ducor Duco" --inspirado no lema em latim da cidade de São Paulo, que significa "não sou conduzido, conduzo",-- foi considerado um dos 25 melhores discos nacionais de 2008 pela "Rolling Stone" brasileira. Para comemorar esse momento e também a indicação ao VMB 2009, premiação anual da MTV, o MC paulistano faz uma festa de "aniversário" no Hole Club (região oeste), neste sábado (29).

A diferença, desta vez, está nas companhias de palco e no repertório. O MC convidou uma banda para ajudá-lo na missão de interpretar músicas originais de algumas das faixas de seu álbum. Guilherme Scabin e Toca Mamberti (guitarra), Sorry (bateria), Filiph Neo (teclado e voz) e J. Mossil (baixo), além dos fiéis companheiros de palco --DJ Erick Jay e Jeffe (voz)-- remontam o "Non Ducor Duco" em versão orgânica.

Antes e depois do show os DJs Marco e Nyack mantêm a pista entretida com lançamentos e clássicos da música negra mundial. A festa começa às 23h30 --mulheres não pagam até 0h (após: R$ 12 ou R$ 10 com flyer) e homens pagam R$ 15 (ou R$ 12 com flyer).


Um ano depois

Folha Online - Para qual faixa de "Non Ducor Duco" você diria "escuta essa"?
Kamau - Difícil escolher duas. Mas pode ser "Não Acredite se Quiser", por tocar em assuntos que muitos assumem como verdade, e "Equilíbrio", por falar em como busco balancear minha vida. Talvez seja útil pra outras pessoas também.

Folha Online - De todos os shows que você fez desde então, qual foi o mais motivador?
Kamau - Indie Hip Hop, pelo tamanho da responsabilidade perante um público gigante (o maior para quem eu já toquei), e São Bernardo do Campo, no projeto Já Ouviu?, por ter sido aplaudido de pé --o show foi num teatro e o público esteve sentado o tempo todo-- e meus pais e sobrinhos estarem presentes.

Folha Online - O que mudou em seu modo de ver o rap e a música brasileira desde o lançamento do seu disco?
Kamau - O que mudou, realmente, foi o modo de ver meu trabalho inserido no "quadro maior" e a responsabilidade na continuidade do trampo.

Folha Online - A indicação ao VMB te diz o quê?
Kamau - "Que eu posso bem mais do que imagino/Quanto mais tento, mais tenho noção..." [letra de "Dominium"]. Isso mostra que eu estou fazendo mais barulho do que eu esperava e que, se me organizar, posso fazer melhor por mim e pelos próximos que virão.

Folha Online - Para que canto do Brasil e do mundo você gostaria de levar "Non Ducor Duco" ao vivo?
Kamau - Do Brasil, todos. Sinto muita falta de não ter ido a Porto Alegre ainda com esse show. E gostaria muito de fazer um show em algumas cidades do Nordeste, para onde já fui, mas não para apresentar meu trabalho solo. Do mundo, levaria para Portugal, Angola e Moçambique, por serem lugares onde meu som já chega e pelas pessoas de lá entenderem o que digo. Japão, por ser um lugar tão diferente e gostar tanto de rap. França, Inglaterra e Espanha (Barcelona) por serem lugares aonde já fui com o Instituto. Gostaria de ver como seria com meu próprio show.


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