Sucesso na web, Banda Uó faz show em SP; leia entrevista

Três jovens de Goiânia, antenados com a cena alternativa da cidade, resolveram começar a fazer performances numa tal de festa Uó, que exaltava ritmos bregas.

Após o sucesso das atuações, nasceu a Banda Uó --batizada com o nome da balada--, que desembarca em São Paulo para um show no Bar Secreto (zona oeste), neste sábado (11).

O "hype" em torno do grupo começou recentemente, pela internet. Os garotos postaram dois vídeos no YouTube ("Não Quero Saber" e "Shake de Amor", este último com quase 90 mil visualizações em apenas duas semanas) em que revelam um estilo inusitado, misturando música pop e tecnobrega --tudo com uma roupagem ultramoderna.

Para se ter uma ideia, além de um "make-up" estilizado e coloridíssimo, todos os figurinos usados nas gravações vêm de Londres.

O músico Davi Sabbag, 21, um dos rapazes por trás da Banda Uó, falou com o Guia por e-mail.

Crédito: Divulgação A Banda Uó, de Goiás, que fez sucesso com vídeos colocados no Youtube, faz show neste sábado (11)

Guia Folha - Como surgiu a ideia de fazer um som misturando música pop e tecnobrega? Vocês curtem mesmo ou é puro marketing para se dar bem?
Davi Sabbag - Nós gostamos bastante. E crescemos na geração do axé, da ascenção do tropical, de Araketu, de Luis Caldas... Nunca tivemos vergonha de admitir que a gente curte mesmo o brega. Para ficar mais divertido, pegamos hits de música pop, "abrasileiramos" com letras em português e juntamos as guitarras e o tecnobrega. Queremos abrir a cabeça das pessoas, levar o tecnobrega para outros públicos, assim como foi feito com o hip-hop, com o jazz e com o funk, que vieram da periferia e agora são gêneros sem distinção social.

Vocês estão todos "montados" nos vídeos, com roupas modernas e maquiagem irretocável. Por que misturar a cena "hype" com o brega? Vocês acham que o "supermoderno" é o novo brega?
Acreditamos no "bregahype". Todo estilo tem uma maneira de ser transformado. O que a gente queria era não ser literal demais. Já que apostamos no ritmo, tivemos a ideia de mesclá-lo com influências do nosso universo. Percebemos que, hoje, a galera está perdendo a vergonha de assumir que gostava de dançar "É o Tchan", que adorava aquele vinil das Marcianas. O que importa é se descabelar na balada sem medo de ser feliz e sem se preocupar com a pose.

Como vocês vieram parar em São Paulo?
O pessoal do Bar Secreto ouviu a nossa música pela internet e percebeu que se encaixava com a proposta da festa mensal de sábado, a Tropicanalha.

Vocês acham que o que aconteceu com a Banda Mais Bonita da Cidade, que virou um sucesso nacional após postar um vídeo no YouTube, pode rolar com vocês também?
Acreditamos que não. A gente é mais difícil de digerir (risos).

Vocês estão produzindo algum disco? Como vai ser o show em Sampa?
Temos um EP com versões sendo preparado. Depois disso, vamos pensar num disco autoral, para ser lançado mais para frente. Quanto ao show, vai ser divertidíssimo, para todo mundo dançar junto e rebolar até o chão.

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