Apagão faz bar faturar 40% menos e restaurantes "pendurarem" contas

A falta de luz na noite desta terça-feira (10), causada pelo desligamento da usina de Itaipu, fez com que bares e restaurantes tomassem medidas emergenciais para tentar amenizar os prejuízos e evitar o tumulto dos clientes.

Crédito: Divulgação

"Tivemos muita dificuldade com a questão do pagamento das contas, já que grande parte das pessoas anda apenas com o cartão", conta Geraldo Magela, sócio do restaurante Consulado Mineiro, que também ressalta o fato de que, além de muitos clientes terem desistido de ir à casa, "muita gente que já estava no restaurante não pode ser atendida". Eles ainda anteciparam o fechamento do estabelecimento, "por uma questão de segurança".

Felipe Orioli, do bar Sem Estresse, diz que teve um faturamento 40% menor na última noite, em relação às outras terças, porque tiveram que fechar as portas às 22h15. "Perdemos a saída dos alunos da faculdade [que fica em frente], que é um movimento bom." Ele também conta que tiveram que liberar os clientes sem que pagassem a conta, mas que, "como eles sempre frequentam o bar, acabam pagando hoje". Sobre a conservação dos alimentos, Orioli diz que esteve no local nesta quarta-feira de manhã e que nenhum equipamento foi danificado: "Não chegou a descongelar os alimentos nem as bebidas".

Crédito: Alexandre Urch/Divulgação

O acondicionamento dos alimentos também foi uma das preocupações do Chez Fabrice, que verificou a vedação dos refrigeradores para evitar quaisquer deteriorações dos produtos. Também por questão de segurança, o bistrô fechou as portas mais cedo, mas funcionou à luz de velas enquanto as últimas mesas eram atendidas. O proprietário Fabrice Delassus disse que o ambiente "acabou ficando mais romântico" e que os casais gostaram.

No momento do apagão, o salão do restaurante Praça São Lourenço estava cheio e, graças aos fornos à lenha, a cozinha conseguiu liberar os pratos. Jonny Gentille, um dos sócios, conta que eles ainda conseguiram "segurar" o caixa por 15 minutos, imprimiram as contas e continuaram a trabalhar manualmente. "As luzes de emergência e as lamparinas deram uma certa segurança ao ambiente", diz Gentille, que se lamenta: "O único problema é que não servimos café".

Leia mais sobre o apagão

Leia mais no Guia da Folha

Especial

Livraria

As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais