Cantora espanhola Sara Pi mostra pop latino em SP; leia entrevista

A cantora espanhola Sara Pi se apresenta no Bourbon Street Music Club (zona sul de São Paulo) nesta quinta-feira (29), às 22h30.

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Aos 25 anos, a cantora, nascida em Barcelona, vem ao Brasil apresentar seu primeiro disco, "Burning", produzido pelo brasileiro Erico Moreira, que também toca guitarra e violão na banda que a acompanha ao vivo. Os outros músicos são o tecladista X Levy, o baixista Doc e o baterista Maurício Montenegro.

Neta de um cantor de ópera e filha de um músico cubano, a espanhola --que usa a letra grega no nome-- mistura às raízes familiares o soul e o rhythm and blues, com referências de Aretha Franklin e Erika Badul.

Crédito: Divulgação Cantora espanhola Sara Pi (foto) faz show nesta quinta-feira (29) no Bourbon Street

A mistura inclui elementos brasileiros: "Desde bem pequenininha ouvia música brasileira, sem saber o que era. Chorinho, samba. Depois conheci a MPB e me apaixonei, principalmente por Vinicius de Moraes e outras figuras representativas."

O resultado é uma música que, embora alinhada com o pop, chama a atenção pela mistura de ritmo forte, acento latino e toques de folk. O sotaque peculiar de Sara quando canta em inglês e em português adiciona brilho às canções.

"Neguinho", com vídeo no YouTube, é uma boa prévia do que vem por aí.

O Guia falou por telefone com a cantora, que está em Paraty, no Rio de Janeiro. Confira.


Guia Folha - Como está sua estada no Brasil?
Sara Pi - Estou animadíssima, recebendo o calor do clima e das pessoas. Aqui é lindo.

É a primeira vez que você vem?
Já vim para cá há dois anos com minha família, para turismo, mas essa é a primeira vez que venho profissionalmente.

De onde vem sua ligação com o Brasil?
Desde bem pequenininha ouvia música brasileira, sem saber o que era. Chorinho, samba. Depois fui crescendo, e, a partir dessa raiz familiar, conheci a MPB, principalmente Vinicius de Moraes e outras figuras tão representativas da música brasileira. Aí me apaixonei. Anos depois conheci o Érico, que é o produtor do disco, e começamos a trabalhar com o projeto.

Conhece também as gerações mais novas da música brasileira?
Conheço e adoro! Tatiana Parra, Dani Gurgel, Luciana Souza, Chico Pinheiro, o pessoal do jazz aqui do Brasil. Adoro descobrir grupos musicais. O Brasil é um país rico nisso.

Como é o repertório do show?
A gente toca todas as nossas músicas do disco, algumas novas que estamos compondo e algumas covers, por exemplo Amy Winehouse e Laurin Hill.

Você toca algum instrumento?
Comecei a tocar piano quando era criança, com 4, 5 anos, mas como depende-se muito do conhecimento teórico para alcançar um nível alto, então desisti. Não era o momento de estudar música profundamente. Foi uma pena porque isso agora poderia ajudar bastante na hora de tocar. Quem sabe um dia eu resolva voltar...

Como você compõe suas músicas?
Normalmente o Erico resolve fazer uma base rítmica ou harmônica, no violão, e aí viajo na melodia, começo a cantar, definimos juntos a melodia. Depois, como ponto final, eu coloco a letra.

De onde vem o Pi?
Eu me chamo Sara Pi, esse é meu nome! (risos) Mas era "Pi" na grafia latina, e a gente brincou com a letra grega, já que eu sempre assinei assim. É bonito, resolvemos aproveitar no projeto.

O que espera para 2012?
Tenho um monte de projetos, mas o principal é poder sair em turnê com nosso disco e rodar pelo Brasil e pela Europa. E fazer um novo disco, que está ainda se formando aos poucos.

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