TIM Festival confirma shows de Gogol Bordello e Paul Weller entre atrações

Os grupos norte-americanos Gogol Bordello, MGMT e The National, a renomada compositora e pianista de jazz Carla Bley, a revelação do jazz Esperanza Spalding e o cantor, compositor e instrumentista Paul Weller --um dos papas do britpop-- são as atrações confirmadas para o TIM Festival 2008, que ocorre na segunda quinzena de outubro em São Paulo (SP), no Rio de Janeiro (RJ) e em Vitória (ES).

Crédito: Eliot Ferguson/Divulgação
O grupo de rock norte-americano Gogol Bordello vem ao país

Com estes, já são dez os nomes fechados para a edição deste ano. Os anteriores foram a lenda viva do sax tenor Sonny Rollins, a cantora de jazz Stacey Kent e as bandas Klaxons e The Gossip, da vocalista Beth Ditto.

Surgida em Nova York em 1999, a banda Gogol Bordello faz uma mistura de ritmos que mescla música cigana com punk rock e dub e, ao vivo, é conhecida por suas performances vigorosas e teatrais.

A formação cosmopolita do grupo vai do ucraniano Eugene Hütz (voz, violão e percussão) ao japonês-romeno Stevhen Iancu (acordeon), passando pelo russo Sergey Ryabtsev (violino e vocais), o israelense Oren Kaplan (guitarra e vocais), o etíope Thomas Gobena (baixo e vocais), o norte-americano Eliot Ferguson (bateria e vocais), a tailandesa-americana Pamela Jintana Racine e a sino-escocêsa Elizabeth Sun (percussão, vocais e dança).

Originalmente conhecida como The Management, a banda nova-iorquina MGMT, formada pela dupla Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden, aposta em sonoridades retrô como o pop-psicodélico, o eletro-rock e a dance music. Criado no final de 2001 pelos então colegas da universidade Wesleyan, em Connecticut, o duo chamou a atenção do público e da crítica a partir das muitas turnês realizadas para o lançamento do EP "Time to Pretend", em 2005, quando abriam shows para o grupo Of Montreal.

Também nova-iorquino, o grupo The National é liderado pelo barítono Matt Berninger. A banda de indie-rock, criada em 1999, conta ainda com dois pares de irmãos: Aaron (baixo) e Bryce Dressner (guitarra) e Bryan (bateria) e Scott Devendorf (guitarra).

Em 2001, lançaram o primeiro disco, que levava o nome do grupo. Seguiram-se "Sad Songs for Dirty Lovers", em 2003, e os EPs "Cherry Tree", em 2004, e "Alligator", em 2005. No ano passado, lançaram "Boxer", puxado pelas faixas "Fake Empire", "Slow Show" e "Mistaken for Strangers".

Veteranos

Do outro lado dos Estados Unidos vem a pianista de jazz Carla Bley. Aos 72 anos, a compositora e instrumentista californiana é uma referência dentro do estilo. Ganhadora de diversos prêmios e honrarias, como o Oscar du Disque de Jazz, o Guggenheim Fellowship e o Prix Jazz Moderne (conferido pela Academia Francesa de Jazz), e eleita melhor compositora pela renomada revista "Downbeat", Carla foi ainda figura importante e pioneira no desenvolvimento de selos independentes, dirigidos pelos próprios artistas.

Crédito: Joel Ryan/AP
O músico inglês Paul Weller, ex-The Jam e Style Council, vem ao festival

Em turnê mundial de lançamento de seu segundo disco, "Esperanza", a compositora, cantora e contra-baixista norte-americana Esperanza Spalding, de apenas 23 anos, chega ao Brasil em outubro trazendo sua mistura de jazz tradicional com soul, pop e world music.

Fã entusiasta da música brasileira, Esperanza reservou as faixas de abertura e fechamento do disco para "Ponta de Areia" (Milton Nascimento / Fernando Brant) e "Samba em Prelúdio" (Baden Powell / Vinicius de Moraes), respectivamente, ambas cantadas em português. O disco traz ainda composições próprias como "Fall in" e standards do jazz como "Body and Soul" --transformado em "Cuerpo Y Alma" na versão espanhola feita para o disco.

Compositor, cantor e multiinstrumentista (guitarra, piano, baixo e violoncelo), o inglês Paul Weller é um dos principais nomes da música pop britânica. Em meados da década de 70, em plena eclosão do movimento punk capitaneado por The Clash e Sex Pistols, Paul liderou uma das bandas pop mais influentes dos anos 80: The Jam (1976-1982).

Mais tarde, entre 1983 e 1989, formou a igualmente bem-sucedida Style Council, um duo com o pianista e compositor Mick Talbot. Com o The Jam, atingiu o topo das paradas em 1980, com o single "Going Underground". Seguiram-se outros primeiros lugares com "Start!" e com "Town Called Malice", canção que anos depois conseguiu renovada repercussão ao integrar a trilha do longa-metragem "Billy Elliot" (2001).

Com letras quase sempre politizadas, assim como o The Jam, o Style Council se engajou em diversos movimentos, apresentando-se no Live Aid, no estádio de Wembley, em 1985, e integrando a Band Aid, formada por estrelas da época para gravar a canção "Do They Know It's Christmas?".

O grupo emplacou hits nos Estados Unidos e na Austrália, como "My Ever Changing Moods", "You're the Best Thing" e "Shout to the Top". Com o fim do grupo em 1989, Weller deu início, alguns anos mais tarde, à sua carreira solo. No começo dos anos 90, integrou o movimento britpop, que revelou grupos como Oasis e Blur. Em 1995, lançou seu terceiro álbum solo, "Stanley Road", que o levou novamente ao topo das paradas britânicas e se tornou um de seus discos de maior vendagem.

Leia mais

Livraria da Folha

Especial

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais