Roqueiros do underground mostram lado romântico em show

Crédito: Divulgação
Banda Os Últimos Românticos da Rua Augusta (foto) faz show de estreia no Studio SP (centro de São Paulo) nesta sexta-feira (15)

O público deve estranhar. O cantor "punk brega" Wander Wildner, que tem um jeitão todo ogro de ser, vai assumir um lado elegante e romântico no Studio SP (centro de São Paulo), nesta sexta-feira (15).

Durante a apresentação, ele promete vestir paletó e sapato branco, e avisa: pode chamá-lo pelo nome real, Wanderley Luís.

É o show de estreia do conjunto Os Últimos Românticos da Rua Augusta, formado por cinco roqueiros underground, contando com Wildner.

Juntos, eles exibirão canções ao estilo folk e com letras românticas, escritas por Gustavo Kaly (nesta noite, Gustavo André), da banda Stuart.

Trocando as guitarras pelos violões, o quinteto vai entoar faixas como "Canivete, Corações e Despedidas" e "O Último Tango", além da canção que dá nome à banda.

Ao lado de Wilder e Gustavo, compõem o grupo Sergio Serra (Ultraje a Rigor), Malásia (Ultramen) e Cristiano Carlos, também da Stuart. Todos românticos. "Todo mundo é romântico, mesmo que negue", acredita Wildner.

História

A semente do projeto nasceu em abril, durante o festival Lollapalooza (Chile), para onde foram Wander Wildner e os garotos do Stuart, Gustavo e Cristiano.

Nas noites pelo país, eles se apaixonaram pelas apresentações acústicas, sem necessidade de microfones, que aconteciam em bares e restaurantes.

Em São Paulo, Gustavo apresentou ao "punk brega" a canção "O Último Romântico da Rua Augusta".

Essa foi a senha para o começo da banda, que logo agregou outros amigos e começou a ensaiar --vídeos dos bastidores foram divulgados na rede.

"Eu tô mundo empolgado", confessa o romântico Wilder.

Studio SP - r. Augusta, 591, Consolação, centro, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3129-7040. 450 pessoas. 22h. 60 min. Proibido para menores de 18 anos. Ingr.: R$ 20.


Veja a letra da canção "O Último Romântico da Rua Augusta", de Gustavo Kaly:

Existe um coração trincado partido ao meio
Existem meios, existem fins, há demônios em mim cantando em coro alegre

Atrás dessa rua gasta há Consolação
atrás de vários motivos pra não ter um coração costurado inerte

Me ofusca essa gama de cores estranha, que você busca em mim, me assusta
O último romântico da rua Augusta morreu

Procuro pelos nomes estranhos dados às ruas, nenhum satisfaz
Nenhuma rua com seu nome essa cidade traz

Existe um coração trincado e um olhar fixo
Morrendo aos poucos na boca do lixo, seguindo os passos do tal trovador

Atrás dessa vida gasta implorando ser longa
Presenteando vários amores curtos e uma milonga que lembra o sul do mundo

Me ofusca essa gama de cores estranha, que você busca em mim, me assusta
O último romântico da rua Augusta morreu

Procuro pelos nomes estranhos dados às ruas, nenhum satisfaz
Nenhuma rua com seu nome essa cidade traz

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