Em nova peça, pai aprende a amar filho com síndrome de Down

É dura e crua a realidade descrita pelo ator Charles Fricks no monólogo "O Filho Eterno", que estreia nestE sábado (17), no Sesc Consolação (centro de São Paulo), depois de uma bem-sucedida temporada carioca --a montagem recebeu dois Prêmios Shell (RJ): pela atuação e pela direção de movimento.

Crédito: Dalton Valério/Divulgação Ator Charles Fricks em cena da peça "O Filho Eterno", adaptação de Bruno Lara Resende para o premiado livro de Cristovão Tezza; a direção é de Daniel Herz

Em cena, um homem é tomado pela rejeição ao receber a notícia de que seu primeiro filho tem síndrome de Down. As palavras que saem de sua boca são, em um primeiro momento, cruéis e mostram a nítida decepção do personagem.

Baseada na livro homônimo de Cristovão Tezza, a peça (uma produção da companhia Atores de Laura) mostra a transformação desse pai de primeira viagem, que, aos poucos, aprende a lidar com a circunstância.

"A gente não quis cair no sentimentalismo barato. Deixamos muito claro que ele aprende a amar o filho sabendo dos limites dessa relação", explica o diretor Daniel Herz.

A adaptação também suprimiu informações periféricas da história --como a infância do pai e questões relacionadas a seu trabalho-- para concentrar a trama apenas na relação com o garoto.

Para o cenário, há somente algumas projeções e uma cadeira, espécie de metáfora da solidão do protagonista.

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