As histórias do norte-americano Sam Shepard são construídas em cima de dualismos, elementos que aparentemente se opõem como verdade e mentira, família e indivíduo, velho e novo. Em "Loucos por Amor", texto que o encenador Francisco Medeiros leva ao palco do Coletivo Fábrica hoje (dia 2), esse jogo de oposições, caro à ficção do dramaturgo, surge como questão central e embaralha as noções de realidade.
A trama traz o intrincado romance entre Edie (Charles Geraldi) e Mae (Rennata Airoldi), um casal que não consegue permanecer junto nem se desvencilhar.
Com lances de suspense e uma história não-linear, a ação está dividida em três planos narrativos: o encontro dos amantes em um quarto de hotel, o mundo exterior, que surge evidenciado pelo jogo de luzes e sons, e um universo intermediário, onde está o personagem vivido por Umberto Magnani. "Essa figura está no meio caminho, entre esses dois mundos", explica Medeiros.
Observador privilegiado da cena, ele tece comentários sobre a natureza dessa relação e fornece à platéia algumas pistas para compreender o que está em jogo.
Confira mais informações sobre o evento
Leia mais
- Marco Nanini vive Odorico Paraguaçu em nova montagem de "O Bem Amado"
- Peça "Ilustríssimo Filho da Mãe" retrata novo homem
- Marcos Palmeira e Adriana Esteves são Lampião e Maria Bonita
- Série "Folha Explica" traz títulos com os principais autores da literatura brasileira
- Histórias de viajantes pela Europa e volumes de crônicas fazem retratos do cotidiano
- Conheça a vida e a carreira de um dos mais polêmicos diretores de teatro do país
Livraria
- "Guia Fique em São Paulo" mostra o que fazer na cidade o ano todo, 24 horas por dia
- Saiba mais sobre a peça "Roda Viva", de Chico Buarque
Especial
Comentários
Ver todos os comentários