Aos 30, o grupo Teatro do Ornitorrinco revisita Shakespeare

A encenação de "A Megera Domada", que o Teatro do Ornitorrinco leva neste sábado (31) ao grande palco do teatro Sérgio Cardoso, marca não apenas a terceira incursão da companhia por um texto de Shakespeare, mas também os 30 anos (quase 31) decorridos desde a rumorosa estréia do trio formado por Maria Alice Vergueiro, Cacá Rosset e Luiz Galizia.

Crédito: Lenise Pinheiro/Folha Imagem
Cacá Rosset e Christiane Tricerri em cena da peça que estréia neste sábado (31), às 21h

Envolto em ares underground, o grupo lançou-se ao montar textos de August Strindberg em um porão do teatro Oficina e cunhou uma forma particular de fazer teatro: irreverência combinada a uma profusão de linguagens, flertes com a dança, encontros escancarados com a música e o circo.

Parte da história será contada em um livro (com lançamento previsto para junho pela Imprensa Oficial), que traz depoimentos e dezenas de imagens de seus 15 espetáculos.

Outro tanto do "jeito Ornitorrinco" pode ser visto em cena, na releitura que o grupo faz do embate entre Petruchio (Cacá Rosset) e Catarina (Christiane Tricerri). "Há muito tempo queríamos fazer esse espetáculo e resgatar o prólogo, que geralmente fica de fora das montagens", diz Rosset, que também assina a direção e a tradução do texto.

Em versão grandiosa, com 20 atores, dezenas de trocas de cenário e músicos tocando ao vivo, a comédia do dramaturgo inglês serve para a trupe revisitar seu próprio estilo e uma série de tradições da comédia. Lá estão as acrobacias, a movimentação frenética, a comicidade farsesca e até certa evocação da ingenuidade do velho teatro de revista.

Confira mais informações sobre o evento

Leia mais

Livraria da Folha

Especial

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais