Ivaldo Bertazzo estréia "Noé Noé" inspirado no teatro musical

Crédito: Priscila Prade
Atores-bailarinos de "Noé Noé! Deu a Louca no Convés" (foto) durante ensaio, no Tuca

O novo espetáculo de Ivaldo Bertazzo, "Noé Noé! Deu a Louca no Convés", em cartaz no Tuca (região oeste de São Paulo), traz uma visão diferente dos trabalhos anteriores, focados unicamente na dança, a proposta do coreógrafo é fazer um teatro musical com base na união de variadas linguagens cenográficas.

A temporada fica em cartaz na capital paulista até 19 de outubro, com sessões às quintas, sextas e sábados, às 21h30, e aos domingos, a partir das 19h.

O espetáculo recria o ambiente de um cais, onde um transatlântico de luxo se prepara para partir com um grupo inusitado de passageiros --formado por prostitutas, cafetões, carregadores e uma indiana enigmática, que aparece proferindo frases de músicas. Na intimidade de seus camarotes, eles vão revelando suas verdadeiras identidades, ao passo que descobrem que cada um está com um destino diferente e que o navio está sem rumo.

Musical

Para Bertazzo, a montagem foi feita com o objetivo de "mostrar o esqueleto de um teatro musical". "Fizemos algo audacioso, porque os atores dançam, cantam, fazem anedotas e têm uma relação com o público", disse o diretor, em entrevista coletiva.

Crédito: Priscila Prade
Atores de "Noé Noé! Deu a Louca no Convés" interpretam personagens inusitados

"Às vezes, o espetáculo estiloso da caixa preta [sala de teatro] não expõe a relação do Grande Otelo fazendo a sua piada no palco. O musical não tem que ser só a excelência do glamour, ele também é um teatro comentado, político", afirma.

No elenco, os bailarinos da Cia. Teatro Dança Ivaldo Bertazzo --jovens sem formação em artes cênicas-- dançam e atuam ao lado de artistas mais experientes, como a soprano Céline Imbert, a bailarina indiana Kanchan Maradan e os atores-cantores Ricardo Graça Mello e Edgar Bustamante. A atriz-dançarina Ciça Meirelles e os dançarinos-clowns do Grupo Namakaca, que interagem em cenas vibrantes e cheias de humor, também fazem parte do espetáculo.

Se junta à miscelânea, a trilha sonora eclética composta por clássicos de Villa-Lobos, Secos e Molhados e Fagner ("Borbulhas de Amor"). O roteiro é de Adriana Falcão e Nelson Caldas e a direção geral, argumento e coreografias são assinados por Ivaldo Bertazzo.

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