É com tranquilidade que o trio protagonista de "Dona Flor e Seus Dois Maridos", Carol Castro, Duda Ribeiro e Marcelo Faria, chega a São Paulo. O espetáculo, que estreia na capital paulista nesta sexta-feira (20) --faz antes uma sessão exclusiva para convidados--, traz na bagagem, além de duas indicações ao prêmio Shell, nas categorias de melhor diretor para Pedro Vasconcelos e melhor ator para Marcelo Faria, uma turnê de um ano e meio que já passou por mais de 28 cidades brasileiras, em 200 apresentações, totalizando 160 mil espectadores.
A adaptação do romance do escritor baiano Jorge Amado é assinada por Pedro Vasconcelos e Marcelo Faria, que conseguiram os direitos autorais da obra em 2006.
"As cenas que levamos ao palco foram todas retiradas do livro, reunimos as principais passagens de Flor, Vadinho e Teodoro para contar a história em 1h50 de espetáculo", explicou Marcelo Faria, em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (17), em São Paulo.
O foco do romance, um dos clássicos da literatura brasileira, é o triângulo amoroso desses três personagens, que tem como plano de fundo o universo e a cultura baiana. Seguindo a linearidade do livro, a montagem começa com a morte de Vadinho em plena quarta-feira de Cinzas.
Vadinho é o primeiro marido da professora de culinária Flor. O rapaz, um malandro, infiel, cheio de lábia, jogador e malicioso, era extremamente adorável e responsável por proporcionar à esposa momentos maravilhosos na cama. Algum tempo depois de sua morte, Flor casa com Teodoro, completamente o oposto, metódico, controlado e muito cavalheiro.
A confusão começa quando, com algum tempo de casada, Flor recebe a visita de Vadinho, que volta dos mortos, e quer que a esposa fique com ele.
A professora se entrega a Vadinho e o trio passa a viver harmoniosamente, é claro, sem que Teodoro saiba o que está acontecendo.
"De certa forma, a peça fala do homem ideal, que nada mais é do que Vadinho e Teodoro em um homem só. Também não dá para dizer que há traição, já que Flor ama o marido atual, mas Vadinho exige prioridade porque foi o primeiro", afirma a atriz Carol Castro.
Colaboração
Para compor o seu Vadinho, Faria contou com uma ajuda importante: Zélia Gattai Amado, mulher de Jorge Amado, que morreu em 2008. Após uma apresentação em Salvador, o ator visitou a escritora, que deu um dica sobre o retorno do personagem depois de morrer. "Ela disse: 'Meu filho, se o Vadinho não voltar pelado, não é o Vadinho'", relembra Faria.
Também integram o elenco Ana Paula Bouzas, Marcello Gonçalves, Elvira Helena, Beto Quirino, Carlos André Faria, Carolina Freitas, Cristiano Queiroz, Daniely Stenzel, Lisieux Maia, Luana Xavier, Marco Bravo, Ewe Pamplona, Rachel de Moraes e Fabio Nascimento.
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| Direção: Pedro Vasconcelos. Duração: 110 minutos. Classificação etária: 16 anos. | Leia mais no roteiro |
| As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações | |
07h00
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