"A gente vai fazer o que o povo quer", diz Rosi Campos sobre nova peça

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Rosi Campos estreia, na direção, peça "Se Casamento Fosse Bom..."

Na noite desta terça-feira (1º), a atriz Rosi Campos estreou a peça "Se Casamento Fosse Bom..." --em que assina a direção-- para uma plateia de convidados. Com elenco composto pelos jovens atores Cléo Antunes, Nilton Rodrigues e Thiago Tambuque, e texto de Nilton Rodrigues e Fábio Brandi Torres, o espetáculo teve boa aceitação do público presente, arrancando gargalhadas ao longo dos 70 minutos de sua duração no Teatro Brigadeiro, região central de São Paulo. A peça é pontuada por humor fácil. Para Rosi, no teatro, é preciso ser como um mafioso: "primeiro você faz o que eles [o público] querem, depois você faz o que você quer".

O foco da peça é, como o título sugere, as questões que envolvem o mito do casamento. Em esquetes cômicas que abusam de ideias clichês acerca do matrimônio --como a de que a mulher gasta o dinheiro do marido ou de que o marido deixa a toalha em cima da cama--, de referências televisivas e cinematográficas e piadas que circulam na internet, é possível ver desde cenas do turbulento cotidiano de um casal até o comportamento de solteiras na balada, passando, inclusive, pela realidade de mulheres que apanham dos maridos.

Com diversas novelas televisivas no currículo --a última foi a global "A Favorita" (2008/2009)--, Rosi Campos começou como atriz nos palcos teatrais, participando de grupos como Mambembe e Ornitorrinco. No coquetel de estreia, a atriz falou sobre a nova empreitada ao Guia da Folha Online:

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Atores discutem questões do casamento no espetáculo "Se Casamento Fosse Bom..."

Folha Online - Como surgiu a ideia de dirigir este texto?
Rosi Campos - O Nilton que me chamou. Ele já estava escrevendo com o Fábio e eles resolveram fazer essa brincadeira sobre casamento. O Nilton tem outro espetáculo, o "Risoterapia", que é muito bom. Eu acho que ele é um dos grandes atores do Brasil, uma pessoa absolutamente istriônica, físico, inteligente e acabou escrevendo esse texto. A Cléo estava trabalhando com ele já no Teatro Folha, no "Nunca se Sábado...", aí resolveram se unir pra fazer esse trabalho. Eles não tinham feito nenhum ensaio para o público, então foi muito maluco, né? A gente teve muita surpresa, coisas que eles [público] riram e que a gente achou que eles não iriam rir. E é uma grande brincadeira sobre esse relacionamento tão complicado que é o relacionamento humano. E como eu estava falando hoje, as pessoas gostam de ver esse relacionamento no palco, é engraçado, né? Porque a gente foi criada em uma geração em que a pessoa ia ao teatro e, ou ia ver Shakespeare, ou ia ver drama, coisa séria, e hoje em dia as pessoas querem se ver.

Folha Online - Pois é, você tem uma tradição teatral de coisas mais sérias, e optou por um humor acessível. Por quê?
Rosi Campos - Sim, porque a gente faz as tragédias e ninguém quer ver mais. A gente vai fazer o que o povo quer. Como o mafioso, que fala: "primeiro você faz o que eles querem, depois você faz o que você quer". A máfia fala isso, na brincadeira. É uma linha de comédia, que o Nilton faz. E eu acho que a gente conseguiu falar de algumas coisas. No meio de um assunto tão enorme, tão profundo, tão engraçado também. Acho que hoje em dia as pessoas investem pouco nessa relação. Desistem rapidamente, não investem, porque é difícil viver com outra pessoa. Tem gente que fica casada um ano e separa. Poxa, não é assim, eu sou casada há 30! Eu acho que a expectativa do público foi legal, acho que eles riram muito, se divertiram, então espero que a temporada seja bacana, apesar de ser só terça-feira.

Folha Online - Que tipo de público você acha que a peça vai atingir?
Rosi Campos - Ah, o público que gosta de comédia. Tranquilo, maneiro... Também, com esse nome, né? O nome era, na verdade, "Se Casamento Fosse Bom Deus Teria Esposa", mas a gente resolveu não colocar, porque esse "Deus Teria Esposa" podia deixar alguém "grilado".

Folha Online - Você está satisfeita com a estreia?
Rosi Campos - Estou. Gostei muito das pessoas. A gente estava muito nervoso, vendo os defeitos, as coisas que não deram certo, mas, surpreendentemente, acho que foi muito mais positivo do que problemático. Os atores se deram superbem, a reação do público foi bacana...

Folha Online - Tem outros projetos teatrais?
Rosi Campos - Agora não. Fiz o filme do Chico Xavier, que vai ser lançado em 2010, e estou fazendo a próxima novela das 18h. E tem um projeto que é para o ano que vem. Tem uma peça que faz muito sucesso nos Estados Unidos que a gente está trazendo para cá. São quatro mulheres na menopausa.

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