Xuxa Lopes fala da estreia de "La Musica", de Marguerite Duras

Crédito: João Caldas/Divulgação

Uma noite de acerto de contas entre um casal que se separou. Esse é o mote de "La Musica", que estreia nesta sexta-feira (18), às 21h, no Tucarena (região oeste de São Paulo). O texto é da escritora Marguerite Duras e teve os direitos comprados pela atriz Xuxa Lopes, que, ao lado de Hélio Cícero, estrela o espetáculo.

Na peça, com direção de Marcos Loureiro, duas pessoas que foram casadas durante 15 anos e se separaram abruptamente voltam para a cidade em que moravam para assinar o divórcio. Obrigados a passar uma noite no local, eles discutem as mágoas e memórias do relacionamento.

Segundo Xuxa, o texto a atraiu pelo assunto. "O amor é uma coisa que foi e é muito presente na minha vida. Desde cedo, eu vivi bastante isso, acho que essa é uma coisa que mexe com as pessoas." Há ainda um aspecto histórico: a trama mostra o retrato de uma mulher de 1965 --momento de concepção da obra-- que, de acordo com a atriz, "está resolvida a mudar a faceta da subjugada, da que se adequa". A personagem que interpreta "não acredita mais que o marido possa fazer determinadas coisas e ela não", acrescenta Xuxa.

Teatro e TV

Xuxa Lopes ingressou na carreira de atriz na década de 1970, e participou de diversos filmes e novelas televisivas. Na Globo, esteve em "Laços de Família", "Páginas da Vida" e "Negócio da China", entre outras. No cinema, participou de "O Beijo no Asfalto" e "Sonhos de Menina Moça".

Crédito: João Caldas/Divulgação

Sobre a diferença entre as telas e os palcos, a atriz afirma: "Na televisão, você ter um bom papel é maravilhoso, eu adoro, tem um alcance enorme e você não sabe o que tem pra você no dia seguinte. No teatro tem uma coisa meio familiar. Por exemplo, eu comprei os direitos dessa peça há dois anos e levou meses até eu conseguir o patrocínio do Bradesco, através da lei Rouanet".

Marguerite Duras

A escritora nasceu em 1914 em Gia Dihn, no Vietnã, onde cresceu. Foi viver na França com 17 anos e estudou direito na Sorbonne. Escreveu, entre outras obras, "O Amante", que foi adaptado para o cinema em 1992, por Jean-Jacques Annaud. Duras também atuou como roteirista e redigiu o roteiro para "Hiroshima Meu Amor", em 1959, filme dirigido por Alain Resnais. Em seus trabalhos, com frequência se debruça sobre a natureza feminina e seus anseios, sob a opressão e o julgamento da sociedade.

Morta em 1996, teve uma vida turbulenta no circuito dos relacionamentos amorosos. Casou-se, em 1939, com o poeta Robert Antelme, que foi deportado quando a Segunda Guerra Mundial estourou. Depois, se uniu a Dionys Mascolo, que abandonou anos depois. Por fim, aos 66 anos, conheceu Yann Andrea, com quem viveu até morrer.

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Duração: 65 minutos. Classificação etária: 14 anos.
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