Indicado ao prêmio Shell, Rodrigo Nogueira muda o final de "Play"

O final da peça "Play" agora é outro. A partir da sessão desta terça-feira (9), o público poderá ver o novo desfecho criado pelo autor Rodrigo Nogueira, que foi indicado ao prêmio Shell por esse mesmo texto. "Não vai ser uma mudança gigantesca no rumo da peça, mas é algo que estava sentindo há um tempo."

Crédito: Lenise Pinheiro/Folha Imagem

Ele conta que o objetivo é deixar o espectador mais envolvido e mais emocionado na parte final da história, já que os vários cortes abruptos que ocorrem durante a encenação não permitem que a emoção apareça.

"Costumo dizer que 'Play' é 'anticatártica', e parte dessa 'frieza' se dá nos vídeos", diz Rodrigo, que também atua nesta montagem --inspirada no filme "Sexo, Mentiras e Videoteipe", de Steven Soderbergh-- junto com Daniela Galli, Maria Maya e Sérgio Marone.

Ele explica que a peça é formada por seis vídeos, alguns com depoimentos reais de mulheres falando intimidades e outros com textos interpretados por atrizes, e que os verdadeiros e os falsos, até então, não eram revelados ao público. "Dia desses, quando contei para uma espectadora que um dado vídeo era falso, a cara dela me comoveu. E eu senti falta dessa emoção. Por isso, agora, na última cena, o Sérgio [Marone] revela os vídeos falsos, de uma forma poética e dentro do contexto".

E é por isso que até quem já assistiu ao espetáculo irá se surpreender ao vê-lo novamente. "Espero que as pessoas se surpreendam, porque, na minha opinião, os vídeos 'falsos' são, às vezes, mais verdadeiros que a própria vida. E o personagem do Sérgio também acha isso..."

"Play" fica em cartaz no teatro Nair Bello, do shopping Frei Caneca (região central da capital paulista), até 24 de fevereiro, com sessões às terças e quartas-feiras.

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