Com orquestra de 22 músicos, "O Rei e Eu" promete grandiosidade

Crédito: João Caldas/Divulgação

Uma orquestra de 22 músicos tocando ao vivo, 550 figurinos luxuosos, cenários diversos e um elenco com mais de 60 atores --incluindo 30 crianças. Com tudo isso, o musical "O Rei e Eu", que estreia neste sábado (27) no Teatro Alfa, em São Paulo, promete grandiosidade. A dimensão do espetáculo, porém, vai além da produção: "ela é importante como dramaturgia e composição", declarou o diretor-geral Jorge Takla em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira.

Assista ao making of de "O Rei e Eu"

Baseada no romance "Anna e o Rei do Sião", de Margaret Landon, a obra teve sua primeira encenação em Nova York, em 1951, com música de Richard Rodgers e letras de Oscar Hammerstein II. Em 1956, a história da professora inglesa que é contratada para educar os filhos de um rei conservador chegou aos cinemas, com atuação de Deborah Kerr. Mais tarde, foi a vez de Jodie Foster encarar Anna, em uma versão lançada em 1999.

Segundo Takla --que já dirigiu mais de 70 espetáculos, como os musicais "A Chorus Line", "Cabaret", "My Fair Lady" e "West Side Story"--, apesar de clássica, "O Rei e Eu" é uma obra pouco remontada na Broadway, por ter custos muito caros e exigir um elenco ideal. "Eu achei o elenco ideal, mas dinheiro não tenho", pontuou o diretor. A falta de patrocínio, no entanto, não o impediu de montar a peça --que reuniu custos de R$ 5 milhões--, acionando investimento do próprio bolso.

Crédito: João Caldas/Divulgação

E esse não é o único desafio da montagem. Parte do elenco vem da tradição das óperas e, com o espetáculo, tem seu debute em musicais. É o caso do maestro Jamil Maluf e de Luciana Bueno, cantora lírica que interpreta a personagem Lady Thiang, uma das protagonistas. Outros nomes de peso também engrossam o time: Tuca Andrada no papel do Rei, Cláudia Netto --que esteve no sucesso "Avenida Q" como Anna, além de Fábio Namatame na produção dos figurinos, Duda Molinos com o visagismo e Tânia Nardini com a coreografia.

Em meio a tanta suntuosidade, porém, quem deve brilhar são as crianças. O elenco composto por 30 delas, que se revezam em 15 papéis, tem de 5 a 13 anos. E integrar a produção não foi fácil: os pequenos foram submetidos a testes de atuação, dança e canto, e até seus pais passaram por entrevistas.

Se quer ver o resultado, prepare-se: não será barato. Os ingressos, de sexta a domingo, variam de R$ 40 a R$ 185. A boa notícia é que, às quintas-feiras, o espaço oferece entradas a um preço único e popular de R$ 60. Tampouco será viável conduzir a encenação a um tour pelo Brasil. Assim, quem quiser se encantar com esse gigantesco encontro entre Oriente e Ocidente tem até 8 de agosto para fazê-lo.

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