Irmãos de "Novelo" mostram que homem é tudo diferente; veja vídeo

Encontrar cinco homens tricotando na sala de espera de um hospital público é algo bastante incomum. Mas é assim que os irmãos da peça "Novelo" relembram a infância ao lado da mãe, enquanto esperam para saber se o homem internado na UTI é o pai que os deixou há 20 anos.

Crédito: Ronaldo Gutierrez/Divulgação

Neste reencontro, os rapazes retomam brigas inacabadas, brincam, discutem e choram. E deixam claro que são muito, mas muito diferentes entre si.

Zeca (Fabio Cadôr) é advogado, turrão, grosseiro e tem paixão por carros. Cicinho (Alexandre Freitas) luta pra ficar com as filhas, é frágil e se entrega às bebidas.

Quem cuidou dos irmãos quando a mãe morreu e o pai sumiu foi Mauro (Flavio Baiocchi), que trabalha sem parar e tem gastrite. João (Elvis Shelton) acumula vários diplomas, é autor de livros e gay. Cacau (Flavio Barollo) é ator, adora cozinhar e também tem jeito de gay, mas não é.

Em 1h30 de peça, o público vê cenas alternadas do hospital e da infância dos irmãos, e entende como a relação tão curta e conturbada com os pais afetou, de forma diferente, a vida de cada um. O texto fluente, escrito por Nanna de Castro, dá agilidade, intensidade e leveza ao espetáculo, que tem a direção de Zé Henrique de Paula.

"Novelo", que surgiu de um projeto de três anos, fica em cartaz no teatro Sérgio Cardoso (centro de São Paulo) até o próximo domingo (15), mas já reestreia no teatro Augusta (também no centro) na quarta-feira (18).


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