"Evita" é como um soco no estômago, uma obra que incomoda. É assim que o diretor Jorge Takla define a superprodução que chega ao teatro Alfa (zona sul de São Paulo) no sábado (26), com Daniel Boaventura (Juan Perón), Fred Silveira (Che Guevara) e Paula Capovilla (Eva) nos papéis principais.
Ao lado de 42 atores e uma orquestra de 20 músicos, eles recriam a história de amor, poder, sucesso e traição entre Eva (1919-1952) e seu marido Juan Perón (1895-1974), eleito por três vezes presidente da Argentina.
Já nas primeiras cenas fica claro o fascínio que Evita exercia sobre o povo: o anúncio de sua morte, em meio ao desespero de adultos e crianças, ganha força com as projeções de fotos e vídeos reais daquele fatídico 26 de julho. Mas Che, o narrador, está lá para denegrir a imagem de "santa" da primeira-dama.
A peça, de Andrew Lloyd Webber ("O Fantasma da Ópera" e "Cats") e Tim Rice ("A Bela e a Fera"), é toda cantada, sem trechos "falados", e as versões em português (de Claudio Botelho) misturam rock, tango, valsa, bolero e outros ritmos latinos. "É um musical totalmente esquizofrênico', define Takla.
Curiosidades
- R$ 4 milhões foram gastos na produção do espetáculo
- 300 fotos reais de Evita e Juan são projetadas durante a peça
- 350 figurinos foram produzidos por Fábio Namatame para o elenco
- 60 perucas estão entre os acessórios das 16 atrizes
- 45 atores e cantores dividem o palco ao som de 20 músicos
- Em 2012, Ricky Martin será Che Guevara na nova montagem da Broadway
Assista ao making of de "Evita", com comentários do diretor Takla:
Comentários
Ver todos os comentários