Conheça 14 locais para ir antes da balada em São Paulo

Crédito: Newton Santos/Hype

Uma noitada memorável costuma começar com os amigos reunidos para beber antes de ir para a balada. Esse tipo de encontro, o afamado "esquenta", que antes ocorria no "apê" ou em qualquer boteco pé-sujo, agora é moda da noite paulistana.

Novos e charmosos bares como B4, Squat e SubAstor lotam, servindo bebidas e comidinhas leves, em ambiente glamouroso, para quem deseja gastar as solas dos sapatos nas pistas de dança.

O conceito, que se espalha por aqui, é comum em cidades como Nova York e Londres, onde o "warm up" (aquecer) nos bares está arraigado há décadas.

O Guia selecionou 15 lugares classudos que costumam receber DJs de diferentes estilos para fazer os boêmios entrarem no clima. Confira também as boates mais próximas de cada bar.

colaborou Milena Emilião

Os mandamentos do "esquenta"

1. Se vai começar a noite bebendo num bar e terminar no clube, vá de táxi
2. Não queime a largada. Guarde energia, dinheiro e preserve o "make-up" para a noitada
3. Nos "esquentas" é mais fácil descobrir onde será "a boa" da noite
4. Os drinques, porém, costumam ser mais baratos fora das boates. Se a ideia for "bater cabelo" na pista, se joga
5. Em lugares com comanda, pague meia hora antes de ir embora para não ficar preso na fila
6. Para entrar no clima, confira os estilos musicais dos bares antecipadamente
7. Circular pelos "esquentas" aumenta as chances de encontrar uma paquera
8. Se começou com cerveja, não mude para destilado quando chegar na balada


Aqueça os motores

Novidades

SUBASTOR
Da escada do boêmio Astor, que leva ao subsolo da casa, ouve-se um burburinho que mistura conversa com música. Curtis Mayfield, Lou Reed e Nina Simone compõem a trilha do novo SubAstor, bar com entrada controlada por uma dupla de hostess e segurança, para evitar lotação. Chegue cedo. Após as 20h, é provável que jovens cool já tenham ocupado todas as poltronas de couro. Protegido por uma cortina de veludo vermelho, o pequeno espaço tem luz baixa e combina preto e vermelho na decoração. O charmoso balcão translúcido, com iluminação interna, aparece em destaque. É de lá que saem atraentes coquetéis. Versões de martini, drinques moleculares e os velhos (e bons) conhecidos (rabo de galo, caipirinha e caju amigo) integram a carta de bebidas, escoltada por comes criativos, como os canapés de picanha, com alho e queijo palmira. Depois de um tempo por ali, seu slogan se confirma: "Desça para subir".
Informe-se sobre o local

Crédito: Divulgação

B4
O espaço, que antes abria as portas somente para sócios da casa e amigos, agora permite a entrada de pessoas "normais". Ainda assim, modelos, jovens empresários e endinheirados são maioria. Com ar pomposo, um champanhe-bar e sofás de couro branco --o local foi projetado pelo arquiteto bambambã João Armentano--, faz as vezes de pré-noitada, a começar pelo nome: B4 (lê-se "before", ou seja, "antes", em inglês). A música ambiente, embalada por U2, Madonna e The Cure, a luz baixa e uma mesa de bilhar completam o clima intimista, que lembra a sala de estar de uma casa. Os rapazes pagam caro para consumir.
Informe-se sobre o local

SQUAT
O bar promete ser o novo ponto de encontro dos moderninhos e arrastar o fiel público do Baixo Augusta para o Jardim Paulista. Isso porque a casa aposta em um cardápio com comidinhas populares, vendidas nas ruas de outros países, perfeitas para petiscar antes de se jogar na pista de dança, e em drinques benfeitos. Espalhadas por dois andares, peças típicas de algumas nacionalidades dão um toque vintage e pop ao boteco. Aos domingos, a partir das 16h, o Squat promove a matinê Sunday Feelings, de indie rock, com os DJs Fabricio Miranda, Marcelo Fubah e Pomada, residentes da festa FunHell (que embala as quartas na FunHouse).
Informe-se sobre o local


Baixo Augusta, Bexiga e Consolação

BAR BOUTIQUE BISTROT
Inicialmente um restaurante, o Boutique completou um ano recentemente e mudou de perfil: aumentou o som, diminuiu a luz, trocou os pratos por porções e se tornou um animado bar, frequentado por gays, modernos e baladeiros, bem ao lado do burburinho da rua Augusta. No salão dos fundos, que costuma receber DJs, mesas baixas e sofás formam um lounge; um brechó e uma agradável área aberta, com plantas e mesinhas, contribuem para dar charme à casa, que tem atendimento informal, às vezes atrapalhado.
Informe-se sobre o local

DROPS
Um sisudo casarão de 1932, no Bexiga, deu espaço a esse bar clean e moderninho, que acaba de completar um ano. A trilha sonora do espaço é lounge music, no térreo, e som ambiente mais animado na parte superior. Se suas cansadas pernocas pedirem abrigo nos sofás instalados nas salas, é melhor que tenha feito reserva antes de ir, pois eles ficam lotados de turmas de aniversariantes pouco sociáveis. No balcão, aposte em drinques como o Drops, com vodca, purê de melão-orange e xarope de maçã-verde (R$ 15). Antes de ir ao banheiro, se encha de coragem: a porta fosca permite que o pessoal da fila assista à sua performance no mictório com uma nitidez constrangedora. Prefira o toalete do térreo.
Informe-se sobre o local

BLUE VELVET
O filme homônimo de David Lynch batiza esse bar com jeito de balada, localizado onde antes era a lanchonete Pop's Bagel & Coffee. Decorado com paredes de um azul incrível, tem iluminação baixa (também azulada), tapete persa e espelhos venezianos nas paredes. O atendimento é atencioso --os garçons abordam os clientes em plena pistinha de dança--, o som é bem selecionado (e alto) e os banheiros, também azuis, podem ser rabiscados com giz.
Informe-se sobre o local

SONIQUE
Incêndio" é a palavra que melhor define o clima do Sonique: muito antes da meia-noite, jovens arrumadinhos já seguem à risca o slogan "vim para caçar e ser caçado". O som investe na house e no minimal gabaritados, que combinam com a decoração "hypada" que o escritório de arquitetura Triptyque criou para o lugar. Ao pagar a comanda, aproveite para consultar os letreiros luminosos na saída, que mostram o line-up das baladas da moda, e retire os "flyers" que dão desconto e trazem a programação de festas paulistanas. O bar oferece ainda um serviço de "concièrge", uma espécie de "sommelier de baladas", que indica qual harmoniza com o seu estilo.
Informe-se sobre o local

Crédito: PUBLICIDADE

VOLT
Se faltou oportunidade para fazer aquela ousada combinação de roupa que está em um descolado catálogo de moda, aposte nela quando for ao Volt. Envidraçado, serve de vitrine fashion, repleta de néons retirados dos prostíbulos da rua Augusta. Gays e moderninhos dominam essa pré-noitada com atmosfera um tanto morna, pois o público é meio blasé. A temperatura sobe quando algum DJ ocupa os pick-ups, geralmente para tocar um som eletrônico bem apurado. Aqui, ganha VIP para o clube Vegas --dos mesmos proprietários-- quem consumir mais de R$ 50.
Informe-se sobre o local

Z CARNICERIA
Lotado na pré-balada, mal dá para enxergar a decoração repleta de facões e ganchos de açougue do boteco, instalado num antigo matadouro. O balcão do bar fica apinhado de braços tatuados com chopes gringos em punho, a maioria de rockabillys, descolados e gays. Embalados pelo rock, a sociabilidade rola solta. Projetos como o Cutelo Musical, às terças, trazem convidados para tocar desde cumbia até indie rock. Contas maiores de R$ 50 também dão direito a entrada VIP no Vegas.
Informe-se sobre o local


Barra Funda

CASA BELFIORE
Escondidinha em uma esquina antiga da Barra Funda, a Casa Belfiore é um "warm up" já clássico, animado por rock, com um clima encontrado em poucos bares da cidade. O balcão vermelho, as mesas de fórmica, os quadros na parede, tudo ali remete à tradição boêmia de cidades como Paris e Buenos Aires. O cardápio não fica atrás, e tem boas cervejas (Guinness, New Castle), hambúrgueres e porções saborosas. Ao pedir o prato do dia, o cliente ganha uma entrada gratuita no clube CB, dos mesmos proprietários.
Informe-se sobre o local

GARAGE BAR
Ao lado do clube Clash, tornou-se parada obrigatória para os que vão sacolejar nas pistas da rua Barra Funda e arredores. O pequeno bar é um "esquenta" nato: abre depois das 22h e fecha por volta das 3h, somente às sextas e aos sábados. Ali tem de tudo para quebrar o galho dos baladeiros: café, drinques com precinho camarada, uísque 12 anos e cervejas gringas --como a Weihenstephan (R$ 15) e a Krombacher (R$ 14). Copos grandes de plástico facilitam o transporte da bebida até as filas das boates. Para os que exageraram na birita ou estão desprevenidos, o Garage dá uma mão: lá também estão à venda analgésicos, remédios para o estômago e preservativos.
Informe-se sobre o local


Vila Olímpia

ESCAPE
O Escape parece aqueles bares sofisticados vistos em filmes do James Bond. A decoração conceitual tem ares modernos na linha "futurista chiquérrima". Sentar nessas mesas é privilégio de jovens abonados, a maioria vestida impecavelmente, que se esquenta ouvindo a discotecagem de DJs como Felipe Solari, VJ da MTV. Para beber ou comer "finger foods", melhor estar com a carteira forrada: uma taça de flirtini (drinque feito com vodca, suco de abacaxi e geleia de amora) custa R$ 23. Mas vale a pena.
Informe-se sobre o local

OPERETA
Indicado para quem saiu do trabalho e quer extravasar na happy hour. Com um enorme videokê instalado no meio do bar, o pessoal se anima a ponto de cantar junto, em voz alta, MPB, axé e sertanejo, pulando e dançando. A maioria está na casa dos 20 anos, quer paquerar e se divertir sem frescuras.
p(tagline). Opereta - r. das Fiandeiras, 572, Vila Olímpia, região oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3842-0368. 240 lugares. Ter. a qui.: 18h às 2h. Sex. e sáb.: 18h às 4h. Dom.: 18h às 1h. Ingr.: R$ 10. Preço: R$ 4,80 (cerveja long neck Skol). Valet (R$ 15). Reserva p/ tel. 0/xx/11/2528-2348. Não recomendado para menores de 18 anos.


Perdizes

BEBO SIM
Escondido em uma casa na avenida Alfonso Bovero, pode passar por uma festa entre amigos, já que não tem nenhuma placa indicando que se trata de um boteco. Lá dentro, o ambiente é animado, com clima amistoso e público variado. Poucas mesas, alguns sofás, nenhuma pista de dança, mas em qualquer canto tem um pessoal em pé no embalo da música, dançante e variada. A dica é se ajeitar num cantinho do balcão onde, vez ou outra, aparece um garçom servindo um agrado, que pode ser um balde cheio de pães de queijo ou um frozen de maracujá.
Informe-se sobre o local

Leia mais em Bares

Leia mais no Guia da Folha Online

Especial

Livraria

As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais