"Shirin" enfoca as reações de plateia de atrizes durante espetáculo

Crédito: Divulgação

Em vez de assistir a um filme, já pensou em assistir à plateia? Essa é a ideia do diretor iraniano Abbas Kiarostami em "Shirin" (Irã, 2008), filme exibido na Mostra de Cinema. A produção capta as expressões de 114 atrizes iranianas e de uma francesa, Juliette Binoche, enquanto veem um espetáculo.

É pelas falas que se entende o que conta a trama: uma história de amor impossível entre o príncipe da Pérsia e a sobrinha da rainha da Armênia, Khosrow e Shirin, fruto de um poema persa do século 12. As expressões das espectadoras --que, em momentos distintos, suspiram, riem e se emocionam-- revelam trechos dramáticos ou cômicos da apresentação.

No entanto, mais do que explicar o que assistem, essas faces falam da mulher iraniana contemporânea, que adota visuais diversos --apesar de levar um véu sobre a cabeça-- e demonstra emoções similares às da mulher ocidental.

Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes com "Gosto de Cereja" ("Ta'm e Guilass", França/Irã, 1997) e do Leão de Ouro no Festival de Veneza com "O Vento nos Levará" ("Bad ma ra Khahad Bord", França/Irã, 1999), Kiarostami se destaca pela visão realista que tenta construir sobre a sociedade iraniana.

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