Melhor cinema: Pompeia bate complexos da Paulista
O Espaço Unibanco Pompeia (região oeste) conquistou o posto de melhor cinema da cidade de São Paulo e isso não se deve somente à sua sala Imax. Com uma programação variada, que contempla grandes produções de Hollywood e alguns "cults", conta com uma "bonbonnière", o restaurante Intervalo Forneria e uma cafeteria.
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A sala 10, a menor, com capacidade para 60 pessoas, é outro destaque. O local tem poltronas maiores e confortáveis, banheiro em seu interior e pode ser reservada para eventos.
O ponto negativo é a venda de ingressos, com filas nos finais de semana. Perdeu pontos também por causa da confusão na venda de ingressos na bilheteria e pela internet para "Avatar", em cartaz na sala Imax. Essa foi uma reclamação comum na seção Correio do Guia nos últimos meses.
Para amenizar os problemas das filas, o cinema vai instalar pontos automáticos para compra de ingressos. Em relação às vendas pela internet, Adhemar Oliveira, diretor de programação, informa que as melhorias necessárias estão sendo feitas.
Melhor projeção: Imersão total dá vitória à Imax
Desde dezembro de 2009, milhares de pessoas disputam os ingressos para assistir a "Avatar" na sala Imax do Unibanco Pompeia. O espaço possui uma tela de 13,40 m de altura e 21,34 m de base, em formato ligeiramente côncavo, que causa uma total imersão no filme.
Em São Paulo, hoje, não há outro sistema de projeção comparável, e, por essa razão, a vitória da Imax, também eleita pelo melhor som, repete a escolha do Guia em 2009.
"Em telas grandes, o espectador perde a noção de onde a imagem acaba e não presta atenção ao mundo real", explica Fernando Scavoni, professor da ECA-USP. "Além das caixas centrais, atrás da tela, o som dispõe de dois conjuntos no fundo da sala; todos com uma potência de 12 mil watts e processadores do próprio Imax", explica Adhemar Oliveira, 54, diretor de programação e sócio do Pompeia.
Melhor som: Imax e Kinoplex empatam
Além de boa projeção, a sala Imax, do Unibanco Pompeia, oferece um áudio de qualidade superior às demais do circuito.
No mesmo patamar de som alto, límpido e sem distorção, está a sala 6 do Kinoplex Itaim (região oeste), que possui certificação THX, uma espécie de ISO dos espaços de exibição.
"Com o THX, você controla acusticamente a sala em 100%", explica Eduardo Santos Mendes, 46, editor de som e professor da ECA-USP.
Para manter seu THX, Luiz Gonzaga de Luca, 55, diretor-superintendente dos cinemas Severiano Ribeiro/Kinoplex, tem de cumprir uma série de exigências, como colocar um redutor de ruídos no ar-condicionado.
O objetivo é fazer com que a sensação de se assistir a um filme tenha um isolamento acústico semelhante ao de um estúdio de gravação ou de dublagem.
Melhor sala especial: Empate marca avaliação nos espaços alternativos
No circuito "cult", os eleitos foram o Cinesesc (região central) e a Sala Cinemateca (região sul), avaliados como as melhores salas especiais pelo Guia neste ano. Em comum, os dois oferecem uma programação distinta dos complexos comerciais, a preços acessíveis.
O primeiro, localizado na rua Augusta, é charmoso. Seu diferencial é poder conferir a sessão do bar, bebericando uma cerveja ou um café. A crítica fica para a sala de exibição, que poderia ser mais inclinada. Com a disposição atual dos assentos, as cabeças dos espectadores atrapalham a visualização das legendas quando o local está lotado. Questionados, os responsáveis pelo cinema afirmaram que "as poltronas estão devidamente posicionadas".
Em sua programação, a unidade do Sesc traz filmes inéditos e mostras com curadoria própria, além de festivais consagrados, como o É Tudo Verdade.
Já a Cinemateca, com duas salas, destaca-se pela programação, comandada por Marcos Kurtinaitis, 30, e Rafael Carvalho, 29, dupla que capricha na seleção dos filmes. Eles têm como grande aliado o acervo do local, com cerca de 35 mil títulos. Democrático, o espaço abriga mostras e exibe trabalhos de cineastas independentes, estudantes e curta-metragistas.
A experiência no local poderia ser mais agradável se os comes da cafeteria fossem mais bem-cuidados.
Segundo Kurtinaitis, a sala Petrobras vai passar por uma reforma e, até o final deste mês, deve contar com novas poltronas e espaço para cadeirantes, que não existe atualmente.
Menção honrosa: CCBB (região central)
Melhor programação: Belas Artes aposta em diretores
O forte do HSBC Belas Artes (região central) é a programação, que contempla desde produções hollywoodianas a filmes antigos na sessão Cineclube. O cinema preserva em sua lista longas de diretores consagrados, como "Medos Privados em Lugares Públicos", de Alain Resnais, em cartaz há mais de dois anos.
Lotado nos fins de semana, o Belas Artes é um dos mais procurados da cidade, apesar de problemas como o cheiro forte de pipoca no café e as falhas na projeção, ocorridas em 27 de fevereiro. Na ocasião, os técnicos não conseguiram acertar o foco durante a exibição do italiano "Esses Nossos Maridos".
Mas foram solícitos quando questionados sobre a falha. Segundo André Sturm, sócio-proprietário e diretor de programação, o cheiro de pipoca preocupa. "Pretendemos resolver em breve com a instalação de exaustores."
Menções honrosas: Reserva Cultural e Espaço Unibanco Augusta (ambos na região central)
Sala mais confortável: Cidade Jardim tem assentos de "1ª classe"
Assistir a um filme na sala Bradesco Prime 1 do Cinemark Cidade Jardim (região oeste) é uma experiência única --e cara. Pagam-se R$ 46 por uma poltrona superconfortável, com descanso para os pés, que lembra muito a de um assento de primeira classe dos aviões. Cada espectador conta também com uma mesinha de apoio individual para acomodar os comes.
A sala de espera "clean" também é destaque. Para comer, vale pedir uma porção de bolinhos de "cream cheese" (R$ 17,50); se a ideia for só bebericar, a dica é a soda italiana de melancia (R$ 4,50).
A pipoca, feita com milho selecionado e óleo de girassol (R$ 8, a porção média), é outro atrativo. Para quem é adepto, azeite de trufa branca (R$ 5). Uma pena que, no dia da visita (26/2), a guloseima não estava quentinha.
Menção honrosa: Cine Bombril (região oeste)
Mais escolhidos:
>> Maior tela: Sala Imax do Espaço Unibanco Pompeia (região oeste), com 13,40 m X 21,34 m de altura, o que equivale a um prédio de seis andares
>>Mais caro: Cidade Jardim Cinemark (região oeste) - salas 1 e 2 - R$ 46
>> Mais barato: Multimovie Itaim Paulista (região leste) - R$ 5 a R$ 10
>> Maior sala: Interlar Aricanduva Cinemark (região leste) - sala 10 - 546 lugares
>> Menor sala: Espaço Unibanco Augusta (região central) - sala 5 - 51 lugares
Outro lado: Cinemark - Rede é campeã de reclamações
Os incômodos verificados em 2009 nas salas da Cinemark se repetem na avaliação do Guia. No último ano, a seção Correio publicou 22 reclamações de leitores sobre as salas da rede.
Questionado sobre o número de críticas, o presidente da rede no Brasil, Marcelo Bertini, 45, as classifica como "importantíssimas". "Reconhecemos que a melhor ferramenta que temos para administrar os problemas é ouvir o cliente", diz ele, por meio de sua assessoria.
Responsável por mais da metade do atendimento ao público de cinema da Grande São Paulo, Bertini destaca a dificuldade em atender "a concentração do fluxo de clientes nos fins de semana e feriados".
Sobre mudanças no funcionamento, ele afirma: "Sempre buscamos melhores práticas para treinar o nosso time operacional".
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