"O morro não tem voz", diz o sambista Bezerra da Silva no início do filme de Márcia Derraik e Simplício Neto, que participa do In-Edit Brasil Festival do Documentário Musical.
Em sua segunda edição, 73 títulos serão exibidos até o dia 28 em salas do MIS, Cine Olido, Cinesesc, Belas Artes, Matilha Cultural, Auditório Ibirapuera e Instituto Cervantes.
Em "Bezerra da Silva Onde a Coruja Mora", os compositores desconhecidos dos sambas famosos de Bezerra ganham voz. São pedreiros, técnicos de refrigeração, biscateiros, ou seja, gente comum que canta e desencanta as injustiças sociais dos morros cariocas sem perder o humor.
Esse foco nos bastidores da produção musical, que ajuda a entender a história recente do Brasil, também está presente em outros títulos da competição nacional, inéditos em circuito comercial. É o caso de "Dzi Croquettes", de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, sobre a trajetória do grupo performático Dzi Croquettes, que desencadeou uma revolução estética e de liberação sexual em plena ditadura militar.
O festival conta ainda com 20 títulos internacionais e mostras sobre os diretores Sanchez-Montes e Peter Whitehead.
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15h37
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