Na primeira de suas duas apresentações em São Paulo, o Ballet Nacional de Cuba emocionou ao mostrar a leveza e o romantismo de "Giselle", um dos mais conhecidos do repertório clássico, na noite desta quarta-feira (20) no Credicard Hall.
A bailarina Viengsay Valdés e os outros 47 dançarinos em cena apresentaram a história da camponesa que enlouquece de amor por um nobre, e que mesmo depois de morta continua a cuidar dele.
A montagem apresentada em São Paulo tem poucas diferenças com relação àquela originalmente coreografada por Jules Perrot e Jean Coralli, que estreou em 1841 no Balé da Ópera de Paris. A música é do francês Adolphe Adam (1803-56).
Intervalo
"Giselle" se divide em dois atos, e a falta de um aviso sobre o intervalo e sua duração confundiu alguns espectadores que não conheciam o balé. Na noite desta quarta, houve quem pensasse que a história terminava ao fim do primeiro ato.
Ao término do espetáculo, a diretora e fundadora da companhia, Alicia Alonso, foi responsável pelo momento mais emocionante da noite. Aos 88 anos e completamente cega após décadas de cirurgias nos olhos, a mais conhecida bailarina cubana participou dos agradecimentos e recebeu os aplausos do público.
Alonso foi eternizada no balé por sua performance como Giselle, e em 1948 fundou o Ballet Nacional de Cuba, companhia que se tornou conhecida mundialmente por aliar a tradição das escolas russa e francesa a adaptações para o físico dos latinos.
Turnê
As exibições em São Paulo são parte de uma turnê --ainda em comemoração pelos 60 anos da companhia-- pelo país que inclui Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Recife (PE).
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