Obras da pintora modernista Tarsila do Amaral serviram de base para a companhia Druw criar o espetáculo "Vila Tarsila", que fica em cartaz até 6 de junho como parte do evento Semanas de Dança, no CCSP (Centro Cultural São Paulo), no centro da capital paulista.
A experiência do grupo em mesclar elementos das artes plásticas à dança começou com a encenação de "Lúdico" (2008), baseado na obra de Wassily Kandinsky. A ideia deu tão certo que a diretora Miriam Druwe decidiu buscar referências num pintor brasileiro. Tarsila do Amaral veio logo à sua mente.
Obras da modernista pontuam a coreografia. "Ela usava memórias da infância e de viagens em sua criações. O 'Abaporu' surgiu de histórias que Tarsila ouvia das negras", explica Druwe, que divide a direção da montagem com Cristiane Paoli Quito.
"Estudamos os movimentos dos bailarinos pensando em como eles seriam se tivessem aqueles membros enormes dos quadros", diz.
Paoli Quito foi convidada para ajudar os dançarinos a "quebrarem a quarta parede" e falarem para os pequenos. "A principal diferença entre o público infantil e o adulto é que é preciso se comunicar. O bailarino tem que chegar perto das crianças e olhar, perguntar, tudo com um movimento. É difícil, mas recompensador", complementa Druwe.
08h23
Comentários
Ver todos os comentários