Museu da Imagem e do Som reabre mais multimídia

Sem os portões, a fachada do MIS agora possui paredes brancas e entrada por uma marquise. Após oito meses de reforma, o Museu da Imagem e do Som retoma suas atividades no sábado (9), com nova direção.

Crédito: Alex Almeida/Folha Imagem
Nova fachada do Museu da Imagem e do Som, que reabre com foco na tecnologia

Internamente, o espaço também mudou. O restaurante que antes ficava no térreo foi extinto; o espaço expositivo do primeiro andar ganhou 200 m2 e não possui mais janelas, para receber projeções; o segundo andar abriga agora o LabMIS, espaço destinado à pesquisa e produção de novas mídias.

À frente do museu, Daniela Bousso (diretora-geral também do Paço das Artes) anuncia ainda mudanças na programação, no acervo e no público. "Durante muito tempo, o MIS foi freqüentado por caras do cinemão, que têm entre 50 e 60 anos. Queremos mudar também o público daqui, ampliá-lo", afirma Bousso.

Para tanto, o novo programa pretende galgar a convergência das mídias e abrir espaço para a arte tecnológica. Apresentações audiovisuais e obras multimídia farão parte da rotina do MIS.

O acervo, com mais de 350 mil itens, será todo inventariado e utilizado também em novas mostras e exposições.

Artistas transgridem percepção visual da fotografia

Para testar outras finalidades da fotografia que não a imagem visual, quatro artistas criaram para ela outras funções.

"Lights Out: Proposições Fotográficas em Outros Campos dos Sentidos" inaugura, a partir de sábado (9), o espaço expositivo do MIS com pedaços do céu em forma de biscoitos (trabalho de Sara Chi-Hang Wong e Leung Chi-Wo, da China) e fones de ouvido para acompanhar interferências de ondas sonoras nas imagens projetadas pelos VJs Skoltz e Kolgen (Canadá).

A mostra conta ainda com obras da brasileira Rochelle Costi e da norte-americana Whitney Lee. Também neste sábado, às 20h, haverá performances da cantora Cibelle Cavalli, do ator Paulo César Pereio e do coletivo audiovisual Embolex.

LabMIS

Sob a coordenação da artista e pesquisadora Gisela Domschke, o laboratório recebeu R$ 550 mil dos R$ 7,2 milhões investidos no MIS e ocupa todo o segundo andar.

Dividido em salas de captação de vídeo e som, ilhas de edição, oficina de interfaces e um lounge com internet grátis, o espaço receberá seis artistas residentes e comissionados por ano. Caetano Dias e Paulo Meira são os primeiros a trabalhar neste semestre no LabMIS.

Acervo

Um inventário técnico e a catalogação dos mais de 350 mil itens que pertencem ao acervo foram exigidos pelo governo à nova organização social responsável pelo MIS. Até agora, apenas uma lista prévia foi realizada.

Segundo a diretora Daniela Bousso, o estudo do acervo levará quase dois anos para ser concluído, e as obras também precisarão ser redistribuídas. Algumas delas serão transferidas para outras instituições.

Programação

O espaço irá retomar os festivais e mostras tradicionais, como o Festival de Curtas e a Mostra do Audiovisual Paulista. Além disso, o projeto Acervo Vivo irá convidar cineastas, críticos e especialistas para realizar curadorias a partir de títulos do acervo.

As exposições programadas até o fim deste ano são "I/Legítimo", sobre street art, a internacional de videoarte "E-Flux" e a individual fotográfica de Galileu Garcia, além de outras mostras e artistas comissionados do LabMIS.

A programação será coordenada pelo crítico de artes Fernando Oliva.

MIS - av. Europa, 158, Jd. Europa, região oeste, São Paulo, SP. Tel.:0/xx/11/2117-4777. Ter. a sáb.: 12h às 22h. Dom.: 11h às 21h. Livre. Grátis.

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