Funhell encerra ciclo e Warp estreia na Funhouse com transmissão ao vivo

A Funhell, uma das poucas noites que sobrevivia ao marasmo das quartas-feiras paulistanas, fechou um ciclo de muita farra em janeiro. Desde 2008 na Funhouse, clubinho ícone do indie rock e de modernidades, o projeto dá lugar a Warp, que faz sua estreia nesta quarta (3), com Cello Zero como convidado.

Crédito: Divulgação

Promovida pelos duos Undog (Tiago Bevilaqua e Renan Dissenha), 2HorseMen (Rabih Aidar e Felipe Graça) e Diego Ribas Araújo, a noite privilegia o "live" (comum entre os DJs de música eletrônica, é a arte de construir a música ao vivo) e foi feita para quem cresceu jogando videogame. Esta primeira noite será transmitida em tempo real pela Rádio Pirata por três horas. Nesse período, haverá sorteios de VIPs. Quem "seguir" a festa no Twitter também pode participar de outras promoções.

O projeto Undog, que é também residente das festas Bang! (Vegas) e Whoa! (D-Edge), leva uma parafernalha ao palco --entre laptops, controladores e até uma guitarra do jogo Guitar Hero-- para uma viagem sideral entre o hip hop e o punk rock. O 2HorseMen chega com repertório denso de eletro, misturando elementos do rock e do metal. Cello Zero e seus mashups dão mais leveza à noite.

O nome da festa já vem com o peso "geek" de suas referências --warp drive, uma fenda no espaço-tempo usada na série Star Trek para viagens acima da velocidade de luz; a gravadora Warp Records, uma das mais importantes da música contemporânea sem rótulos; e warpar, uma função do software Ableton Live que estica e encolhe trechos de uma música, permitindo o ajuste no tempo que quiser.

Para explicar mais sobre a origem e a proposta da festa, Diego Araújo e Tiago Bevilaqua, sócios e residentes da noite conversaram com o Guia da Folha Online. Leia o bate-papo:

Folha Online - Como surgiu a ideia da Warp? Vocês já promoviam festas anteriormente?
Diego Araújo e Tiago Bevilaqua - Começamos a fazer festas quando morávamos em Florianópolis (SC). Quando voltamos para São Paulo, o Undog começou a crescer e decidimos fazer uma festa mais bem pensada e trabalhada na sua forma e conceito. Começamos, então, a festa Iminlike em casas menores, que durou um ano. Ela também deu uma crescida e decidimos lapidá-la. Graças a nossa experiência adquirida nesses últimos dois anos, tocando e fazendo festas, conseguimos uma data em uma casa de renome como a Funhouse. Em muitas conversas e divagações sobre nossos gostos e aspirações fechamos nesse nome que remete a tudo isso.

Folha Online - A festa não tem rótulo, mas dando uma olhada no line-up dá para perceber que ela segue uma linha sonora mais moderna. O que vocês costumam ouvir?
D e T - Ouvimos muitas coisas, atuais e antigas. Desde dubs mais pesados ao rock indie. Atualmente temos ouvido muito Beach Boys e alguns artistas novos que misturam diferentes estilos com elementos de música eletrônica. Mas, sem dúvida, o rock é o som que mais está presente.

Folha Online - Então, quais são os critérios para vocês montarem o line-up?
D e T - A ideia principal deste line de estreia é a valorização do live. Tanto que uma quarta-feira por mês vamos deixar as CDJs de lado e somente produtores e artistas que façam live vão tocar. É uma vertente que cresce muito e não pode ser deixada de lado.

Folha Online - O que há de bom e o que falta na noite paulistana?
D e T - O que falta na noite paulistana é atenção ao que o frequentador quer. Faz muito tempo que as festas estão com essa tendência de decidir e impor gostos a eles. A partir disso, surgiu uma das nossas principais ideias, que é trazer a participação do nosso público, interatividade mesmo. Opiniões, indicações de sonoridades e bandas e até mesmo a oportunidade de enviar um set e, caso seja aprovado, ter a oportunidade de dividir a cabine com a gente.

As próximas atrações
Dia 10 - Krazytape
Dia 17 - DiscoKillah e Anne C
Dia 24 - Gente Bonita e Clima de Paquera e Thiago Freitas

Informe-se sobre o local

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas

Ver mais