Evento chamado de "macumba" celebra 50 anos da sede do Oficina

O diretor José Celso Martinez Corrêa prefere categorizar como "macumba" --e não como espetáculo-- a encenação que seu grupo Uzyna Uzona realiza a partir desta terça-feira (16), no Teatro Oficina (centro de São Paulo).

Crédito: Acauã Sol/Divulgação O ator Marcelo Drummond em cena do espetáculo "Macumba Antropófaga Urbana de Sampã", do Teatro Oficina

"Macumba Antropófaga Urbana de Sampã" é o nome do evento, que comemora os 50 anos da sede do Oficina naquele endereço e articula performances, um banquete e uma caminhada pelo Bexiga. Especialmente nesta terça (dia do aniversário do local), serão servidas comidas de candomblé, como pipoca e acarajé. Vinho será vendido à parte. Nas outras apresentações (sempre aos sábados e domingos), o "cardápio" será de frutas basicamente.

O trabalho é livremente inspirado em obras e fatos históricos ligados ao modernismo brasileiro, com especial foco no "Manifesto Antropofágico", escrito por Oswald de Andrade e publicado na década de 1920.

Zé Celso destaca a frase "Só me interessa o que não é meu" e atenta para um possível acordo com o grupo Silvio Santos, que queria construir um shopping no terreno vizinho ao Oficina. Recentemente, a empresa sinalizou que topa construir em outro endereço. "Já é o efeito da macumba", diz o diretor Zé Celso.

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