Argentino Trapero faz retrato realista em drama "Leonera"

Crédito: Divulgação

Logo no início de "Leonera", a situação lançada pelo argentino Pablo Trapero sugere que estamos em território de pesadelo. Desorientada e apática, Julia (Martina Gusman) se vê em seu quarto com o cadáver ensangüentado do namorado e o amante deste desmaiado (Rodrigo Santoro, em atuação curta, mas precisa). Ela não se lembra de nada.

O que se vê pela frente é um drama sobre o sistema penitenciário feminino, mas nada que remeta a qualquer produção "erótico-lesbo-trash" sobre carcereiras e detentas sádicas. O cenário surreal se completa: Julia vai a uma prisão especial para grávidas, onde os rebentos permanecem com as mães até os quatro anos.

Lembrando que a realidade pode ser mais estranha que a ficção, Trapero dá continuidade aos seus retratos realistas do lado B da Argentina. Quem se centrar apenas na trama, logo se cansará de "Leonera".

A questão é muito mais a contemplação sobre as metamorfoses da personagem, dica dada pelo título --nome que se dá, no país, a cárceres em trânsito--; é, ainda, a "leoa", a mãe superprotetora.

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Diretor: Pablo Trapero. Duração: 113 minutos. Classificação etária: 14 anos.
As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

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